Ecumenismo, Ministério da palavra e o cenário brasileiro foram os temas tratados em coletiva de imprensa

A A
Aconteceu na tarde desta terça-feira (2), mais uma coletiva de imprensa aos jornalistas, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida-SP.
Publicado em: 02/05/2017 - 20:30
Créditos: Redação com CNBB Nacional e Portal A12

Por Renata Moraes

Em continuação aos trabalhos da 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aconteceu na tarde desta terça-feira (2), mais uma coletiva de imprensa aos jornalistas, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida-SP. Foram abordados os temas: Ministério da Palavra; os 500 anos da Reforma Protestante e o momento atual do Brasil.

Participaram da entrevista Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), Dom Francesco Biasin, bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Religioso; e Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG),

Do conflito à comunhão, Igrejas dão passos concretos rumo ao ecumenismo

Dom Francisco Biasin foi o primeiro bispo a falar nesta tarde, ele abordou o tema sobre os 500 anos da reforma protestante e o Ecumenismo. O presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo falou que os bispos não querem apenas comemorar a reforma, mas sim dar passos concretos rumo ao ecumenismo. Apesar de vários séculos distantes, a Igreja Católica Romana está passando do conflito à comunhão com a Igreja Luterana.

Dom Biasin recordou que o Papa Francisco vem dando testemunhos concretos em direção ao ecumenismo, e que o Pontífice também defende um ecumenismo espiritual, sobretudo que vem sendo fortalecido pela Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Nas palavras do bispo recordando o Santo Padre que diz que o ecumenismo não é algo estático, mas que o Ecumenismo se faz caminhando juntos.

 “Leigos e leigas são chamados pelo batismo ao Ministério da Palavra”

Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), abordou o tema: Ministério da Palavra. Nas palavras iniciais do bispo “a unidade da Igreja acontece ao redor de Jesus Cristo que é a Palavra Vida, a Palavra do Pai que se fez carne e veio morar entre nós”, pontuou.

Ao explicar sobre palavra ministério que significa serviço, Dom Armando afirmou que a Igreja é chamada a ser toda ministerial. Na Igreja, a partir da inspiração bíblica, se percebe os ministérios doados a todos os membros. “A palavra precisa ser anunciada a todos os seus filhos e filhas e que seja anunciada com maior competência e abundância”, frisou.

Sobre a etmologia de palavra, o bispo comentou “A Palavra é o elo de unidade de todos os cristãos e também parte do povo hebreu.  Jesus Cristo é a Palavra e o referencial e fundamento de nossa fé”, lembrou.

O bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), concluiu dizendo que durante esta 55º Assembleia geral da CNBB, está sendo elaborado um documento sobre o ministério da Palavra, que será direcionado a todas as comunidades. “Na história da Igreja no Brasil não é uma novidade leigos e leigas no exercício da Palavra, mas o documento é um relançar e investir sempre mais para que esta Palavra alcance sempre mais os filhos e filhas da Igreja”, pontuou.

Situação atual do Brasil

E para finalizar a coletiva, o terceiro assunto foi apresentado por Dom Joaquim Giovani Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), que abordou o cenário nacional do país. “A Igreja deve se posicionar diante da realidade vivida agora ou não? ”, questionou o bispo. “Esta questão nos ajuda entender o papel da Igreja no mundo”

Além de citar a atual crise política e econômica no Brasil, o bispo apresentou algumas preocupações do episcopado brasileiro, como a violência, os direitos das comunidades indígenas, a criminalização dos movimentos sociais, o desemprego e a degradação do meio ambiente, também foram tratados.

Citando as palavras do Papa Paulo VI, Dom Joaquim Mol afirmou que a Igreja é serva da humanidade. “Portanto tudo aquilo que diz respeito ao bem da humanidade, diz respeito à Igreja (...) A Igreja deve sim, com o desejo de servir à humanidade, à luz do Evangelho, dizer uma palavra diante do que vive a humanidade”, comentou.

Dom Joaquim ainda falou que a sociedade brasileira vive um momento de perplexidade: “Estamos diante de uma situação de enorme gravidade. A gravidade se dá, não tanto pelo desconhecimento da ética, mas muito mais pelo desprezo da ética”.

O bispo que concluiu sua fala: “entendemos que o caminho do diálogo até a exaustão em momentos de crise e de acirramento é fundamental para que o país possa se entender, se compreender para criar condições de desenvolvimento para todos”.

(Com informações da CNBB Nacional e Portal A12)

 

Assista abaixo a coletiva e imprensa:

 

 

Tags