Encontro arquidiocesano apresenta detalhes sobre o Culto Litúrgico Mariano

A A
“O Culto Litúrgico Mariano” foi o tema do 1º Encontro Arquidiocesano de Formação Litúrgica de 2017, realizado no sábado, 11
Publicado em: 16/03/2017 - 17:15
Créditos: Redação Jornal O SÃO PAULO

“O Culto Litúrgico Mariano” foi o tema do 1º Encontro Arquidiocesano de Formação Litúrgica de 2017, realizado no sábado, 11, no Centro Pastoral São José, no Belém, com a participação de aproximadamente 130 pessoas, das seis regiões episcopais da Arquidiocese.
No contexto do Ano Mariano Nacional, a atividade teve como foco a reflexão sobre o significado do culto a Maria nas celebrações litúrgicas. Na ocasião, também foi lembrada a comemoração do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, em 1717.

A abertura da atividade foi feita pelo Padre Helmo Cesar Faccioli, da Comissão Arquidiocesana de Liturgia, que na sequência passou a palavra para o assessor do encontro, o Padre Francisco Inacio Vieira, SDB, que palestrou sobre “A bem-aventurada Virgem Maria na celebração dos mistérios de Cristo”.
Padre Inacio comentou que “a piedade da Igreja para com a bem-aventurada Virgem Maria é elemento intrínseco do culto cristão”. Ele também apontou que “não se pode dizer com integridade o coração da fé cristã, ou seja o Deus feito carne, sem falar daquela que o deu à luz”.

O assessor do encontro também lembrou que no vocabulário litúrgico Maria é venerada como “Mulher”, “Virgem”, “Mãe de Jesus”, “Bem-Aventurada porque acreditou” e “Bendita entre as mulheres”. Essa veneração também aconteceu ao longo da história com demonstrações de arte e fé, como as que podem ser vistas nos templos.

Padre Inacio lembrou que Maria é recordada diariamente na liturgia da missa – “Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre virgem Maria, mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo” (Oração Eucarística I) –, devendo tal evocação ser cotidiana, pelo lugar em que foi colocada, no coração do Sacrifício divino, considerada uma forma particularmente expressiva do culto que a Igreja tributa a Maria.

O Sacerdote mencionou ainda que Maria está em diferentes ciclos do ano litúrgico e que há três datas solenes marianas – Maria Mãe de Deus, em 1º de janeiro; Assunção, em 15 de agosto; e Imaculada Conceição, em 8 de dezembro – além da Festa da Visitação, em 31 de maio, e o Nascimento, em 8 de setembro, sem contar as memórias marianas facultativas e obrigatórias.

Também na Liturgia das Horas há testemunhos de piedade para com a Mãe do Senhor: nas composições dos hinos, nas antífonas com que se conclui a recitação cotidiana do ofício, nas preces colocadas no final de Laudes e Vésperas, em que não é raro encontrar-se o confiante recurso à Mãe de misericórdia; na seleção vastíssima, enfim, de páginas marianas, feitas por autores que viveram nos primeiros séculos do Cristianismo, na Idade Média e na Idade Moderna.

Por fim, citando a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, Padre Inacio comentou que a piedade popular mariana é de grande valor, mas que sempre é preciso ter em conta os tempos litúrgicos, para que essa prática esteja em harmonia com a sagrada liturgia.
O próximo encontro arquidiocesano de formação litúrgica acontecerá em 16 de setembro, em hora e local a serem definidos.


(Com informações de Christina Saddi)