‘A nossa fé nos diz que Deus nos chama para viver para sempre’

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Afirmou o Cardeal Scherer, em missa no Cemitério Gethsêmani Anhanguera, na manhã desta segunda-feira, 2
Publicado em: 03/11/2020 - 05:15
Créditos: Redação

Na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, nesta segunda-feira, 2, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu missa no Cemitério Gethsêmani Anhanguera, da Arquidiocese de São Paulo, na Rodovia Anhanguera, zona Noroeste da cidade.

No começo da missa, na capela do cemitério, Dom Odilo disse aos fiéis que este é o dia de lembrar todos os falecidos, de colocá-los novamente diante de Deus, para que Ele tenha misericórdia deles e lhes dê a vida eterna.

O Arcebispo, na homilia, fez menção aos 160 mil brasileiros que já perderam a vida em razão da pandemia de COVID-19, ressaltou que além de se fazer memória dos que faleceram, este também é o dia para que todos percebam a fragilidade da própria vida e tenham clareza do sentido que a ela se dá, uma vez que viver é uma grande graça concedida por Deus.

“A nossa fé nos diz que Deus nos chama para viver para sempre, nos chama para o banquete da vida, para a festa da vida plena, na felicidade que não acaba. Quando Deus nos chamar a si, a morte não existirá mais, será vida, vida plena. A nossa fé cristã está no Deus da vida, pois se Ele vive, tem o poder para nos fazer viver”, disse.

Dom Odilo recordou, ainda, que o cristão crê na Ressurreição da carne, pois “Jesus ressuscitou do pó da morte e nos fará ressuscitar no último dia”.

Cuidado aos doentes e sepultamento

O Arcebispo de São Paulo lembrou, ainda, que nas situações de morte e doença, os cristãos são chamados a realizar três obras de misericórdia: cuidar dos doentes, sepultar os mortos e rezar pelos falecidos.

Essas atitudes, de acordo com Dom Odilo, devem ser mantidas ainda que a humanidade viva este período de pandemia e que as pessoas precisem se cuidar para não se infectar com o novo coronavírus.

O Arcebispo exortou que não se deixe os doentes graves sem alguma assistência, “que o morrer não seja um momento de abandono, pois de alguma forma é possível manifestar nossa proximidade”.

Também o sepultamento dos mortos deve ocorrer de modo digno, ainda que as atuais condições imponham a realização de velórios com tempo breve, e que haja solidariedade com os familiares que sofrem com o luto.

Dom Odilo lembrou aos fiéis que é preciso se preparar para a morte, vivendo-se bem, dignamente, honestamente e reconciliando-se diariamente com Deus e com os irmãos. De igual modo, é indispensável levar o conforto àqueles próximos a morrer, ajudando-os a rezar, lendo um trecho do Evangelho, a fim de que a pessoa se prepare para o encontro definitivo com Deus.

Por fim, Dom Odilo ressaltou que se deve sempre rezar pelos falecidos, que continuam a ser parte da Igreja.

“Pedimos a Deus que aumente a nossa fé na sua Palavra e na vida eterna. A graça de morrer bem é a de morrer nos braços de Deus”, afirmou ao concluir a homilia.

Ao final da celebração, os fiéis presentes na capela do Cemitério Cemitério Gethsêmani Anhanguera rezaram com o Cardeal Scherer uma oração pelos falecidos disponibilizada pela Arquidiocese em um folder. Dom Odilo reforçou a todos que este é um dia de oração, de lembranças dos falecidos e de reflexão e gratidão sobre a própria vida e a fé na ressurreição.

Outras missas no Dia de Finados

Ainda nesta segunda-feira, dia 2, às 15h, o Arcebispo Metropolitano presidirá missa na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas (Rua Guaporé, 429 , Luz – próximo ao Metrô Armênia), na Região Sé.

No Cemitério Gethsêmani Anhanguera outras três missas acontecerão hoje: às 10h (presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca), às 14h (por Dom Ângelo Mezzari) e às 16h (por Dom José Benedito Cardoso). Todas as celebrações serão transmitidas no Facebook da Pastoral da Comunicação da Região Brasilândia.

Em diferentes cemitérios da cidade missas campais também são realizadas neste dia 2.