Arquidiocese repudia ação violenta da GCM em centro comunitário

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Na invasão da Guarda Civil Metropolitana ao Centro Comunitário São Martino de Lima foram agredidos moradores em situação de rua, funcionários da entidade e o Padre Júlio Lancellotti
Publicado em: 14/09/2018 - 18:00
Créditos: Redação

O Centro Comunitário São Martino de Lima, do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, da Arquidiocese de São Paulo, localizado no bairro do Belenzinho, foi invadido na manhã desta sexta-feira, 14, por cerca de 20 agentes  da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Segundo relatos, o tumulto começou após os guardas tentarem recolher pertences das pessoas em situação de rua, que se abrigaram no local. A GCM, então, invadiu o centro comunitário e  teria utilizado gás de pimenta, balas de borracha e pistola de choque.

Chamado para tentar mediar o conflito, o Padre Júlio Renato Lancellotti, de 69 anos, Vigário Episcopal para o Pastoral do Povo da Rua, foi agredido pelos membros da GCM, assim como moradores em situação de rua e funcionários da entidade.

Em nota, a Arquidiocese de São Paulo repudiou a ação violenta da GCM.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA ARQUIDIOCESE

“A Arquidiocese de São Paulo repudia a ação violenta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e exige que uma investigação seja imediatamente instaurada para a punição dos responsáveis pelo ato. Lamentamos que a violência diariamente sofrida pelos moradores de rua se volte agora contra entidades e pessoas que tentam devolver o mínimo de dignidade a esses irmãos”.

Ainda de acordo com a nota, “as agressões são tanto mais inaceitáveis por terem ocorrido dentro de um local destinado ao atendimento da própria população de rua, historicamente abandonada pelo Poder Público”.