‘Caminhando com Maria’, coroinhas, acólitos e cerimoniários vão à Catedral da Sé

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Dom José Roberto Fortes Palau presidiu missa na Catedral da Sé, no sábado, 12, como parte do 15º Encontro Anual dos Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários da Arquidiocese de São Paulo
Publicado em: 17/08/2017 - 12:00
Créditos: Redação

Com cânticos, orações e muita disposição para testemunhar a fé, coroinhas, acólitos e cerimoniários da Arquidiocese de São Paulo se concentraram na manhã do sábado, 12, em frente ao Pateo do Collegio, na região central, de onde seguiram em procissão até a Catedral da Sé para participar da missa das 10h, presidida por Dom José Roberto Fortes Palau, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga e Referencial Arquidiocesano para a Pastoral Vocacional.

Em um animado grupo da Paróquia Bom Jesus dos Passos, da Região Brasilândia, estavam Valdir Araújo Júnior, 27, e seu pai, Valdir Araújo, 54, ambos cerimoniários. “É muito emocionante estar aqui com o meu filho, porque quando eu era criança, fui coroinha, mas tive que me afastar por um tempo. Agora, depois de adulto, estou na caminhada. Foi meu filho que fez o convite para eu ser cerimoniário”, contou o pai ao O SÃO PAULO . “Para ser coroinha, a primeira coisa que tem que existir é o incentivo da família, pois é muito difícil a criança começar por si só. Temos que dar o exemplo para essa criançada”, expressou Júnior.

Animados pelo tema “Caminhando com Maria”, em alusão aos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida e aos cem anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, os servidores do altar foram acolhidos na porta da Catedral da Sé pelo Padre Helmo Cesar Faccioli.

“Servir ao altar é um dom, um serviço, uma alegria e, ao mesmo tempo, uma graça. O serviço ao altar é o serviço à Eucaristia, em que Jesus se faz presente: uma presença tão viva, forte, mas, por outro lado, tão simples num pedaço de pão e num pouco de vinho”, disse Padre Helmo, Auxiliar do Cura da Catedral. 

 

 

Convite a novas vocações

Antes do início da missa, as imagens de Nossa Senhora Aparecida e de São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, foram levadas em procissão até a frente do presbitério da Catedral da Sé.

“São Tarcísio foi um mártir do século terceiro, uma criança que morreu defendendo a Eucaristia. Ele estava levando a Eucaristia para aqueles que estavam encarcerados, fez isso escondido, porque era proibido. Descobriram, tentaram tomar a Eucaristia da mão dele, mas ele não permitiu, a segurou com muita força e acabou sendo agredido e morto, mas não entregou a Eucaristia”, recordou Dom José Roberto à reportagem.

O Bispo, na homilia, ressaltou o testemunho de São Tarcísio e, ao ver a Catedral cheia de coroinhas, acólitos e cerimoniários, expressou: “Tomara que daqui saiam muitas vocações para a nossa Igreja. As vocações existem, Deus nunca deixou de chamar, mas é preciso escutar o chamado e despertar nos nossos jovens esse chamado de Deus”.

Dom José Roberto estimulou que as crianças e jovens conheçam o Seminário da Arquidiocese para saber como funciona e como é a vida dos seminaristas, e pediu  também que façam o mesmo em relação às casas de formação dos religiosos e religiosas. 

O Bispo falou, ainda, sobre a fé dos brasileiros em Nossa Senhora Aparecida, destacando que ela sempre está disposta a interceder por todos junto a Deus. “[Nossa Senhora] nunca deixa de pedir por nós, mesmo quando a gente não pede, porque ela é mãe amorosa, mãe zelosa, atenta a todos os detalhes”, enfatizou.

Padre Messias de Moraes Ferreira, Promotor Vocacional da Arquidiocese de São Paulo, expressou à reportagem a satisfação por ver a Catedral repleta de coroinhas, acólitos e cerimoniários. Ele lembrou que nas regiões episcopais, durante todo ano, há encontros, palestras e formações com eles, que têm surtido resultado. “É um trabalho de formiguinha, de estar chamando um a um, mas quando se soma, percebe-se que estamos conseguindo muita coisa”, declarou.

Também para Dom José Roberto, ver a Catedral da Sé repleta de jovens servidores do altar foi algo estimulante. “As crianças são o futuro da Igreja e ver tantas crianças com esse carinho pelo trabalho no altar, ajudando os padres nas missas, alguns também como cerimoniários, outros como acólitos, isso enche a Igreja de esperança, pois onde há criança há futuro e, certamente, desse grupo tão grande teremos muitas vocações. Precisamos ajudar os nossos jovens e adolescentes a escutar o chamado de Deus, a despertarem para a vocação”, afirmou.
 

 
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