Dom Sergio da Rocha é eleito presidente da CNBB

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<p>Novo precidente da CNBB é eleito,&nbsp;&nbsp;Dom Sérgio da Rocha teve&nbsp;215 votos,&nbsp;também foram eleitos o vice-presidente, e o secretário geral da entidade.</p>
Publicado em: 20/04/2015 - 12:00
Créditos: Redação com CNBB (atualizado em 21/04/2014 às 9:45)

O arcebispo de Brasília (DF), Dom Sergio da Rocha, foi eleito na manhã desta segunda-feira, 20, como presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O novo presidente foi escolhido ainda no primeiro escrutínio, após receber 215 votos, superando assim os 196 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição. Durante a tarde, também foram eleitos o vice-presidente, Dom Murilo Krieger e o secretário geral da entidade, Dom Leonardo Steiner, reeleito para o cargo. 

Dom Sergio nasceu em Dobrada S, em 1959 e foi ordenado presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão (SP) em 1984. Foi nomeado bispo pelo papa João Paulo II em 2001, como auxiliar de Fortaleza (CE) e sua ordenação episcopal foi realizada em agosto do mesmo ano, na Catedral de São Carlos (SP), pelos bispos ordenantes Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Dom Joviano de Lima Júnior e Dom Bruno Gamberini. Em janeiro de 2007 o Papa Bento XVI o nomeou como arcebispo coadjutor da arquidiocese de Teresina (PI). Também pelo papa Bento XVI, em 2011, foi nomeado para arcebispo metropolitano de Brasília.

Dom Sergio estudou Filosofia no Seminário de São Carlos (SP) e Teologia na Pontifícia Universidade de Campinas (SP). O arcebispo é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (SP) e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Seu lema lema episcopal é “Omnia in Caritate” – “Tudo na caridade”.

Vice-presidente

O arcebispo de Salvador (BA) e primaz do Brasil, Dom Murilo Sebastião Krieger, foi eleito vice-presidente da Conferência, no período da tarde, por maioria absoluta, no terceiro escrutínio, após receber 199 do total de 286 votos válidos. Com o lema episcopal “Deus é amor” (Deus caritas est), dom Murilo é o 15º vice-presidente eleito em Assembleia Geral, para o quadriênio de 2011 a 2019. Durante a 49º Assembleia Geral da CNBB de 2011, foi eleito membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Campanha para a Evangelização da CNBB.

Dom Murilo é natural de Brusque (SC), nascido em 19 de setembro de 1943. Estudou Filosofia em Brusque de 1964 a 1965 e Teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté de 1966 a 1969. É licenciado em Letras (Português), na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo. Frequentou cursos de espiritualidade em Universidades Pontifícias de Roma, em 1980.

Em 1985, o papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Florianópolis (SC). Foi ordenado bispo em sua cidade natal, no dia 28 de abril de 1985. Esteve como bispo de Ponta Grossa (PR) de 1991 a 1997, presidente do regional Sul 2 da CNBB, por dois mandatos, de 1995 a 1999 e 1999 a 2000.

Em 1997, o papa João Paulo II o nomeou arcebispo de Maringá (PR) e, no ano de 2002, tornou-se arcebispo de Florianópolis. No dia 12 de janeiro de 2011, o papa Bento XVI o nomeou arcebispo de São Salvador (BA), com posse no dia 25 de março do mesmo ano.
 

Secretário geral

No final da tarde, o episcopado reelegeu o bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Steiner, como secretário geral da CNBB. O Bispo foi reeleito no segundo escrutínio, após receber 228 votos, ultrapassando assim, os 194 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição. Em 2011, durante a 49ª Assembleia Geral da CNBB, dom Leonardo Steiner foi eleito secretário geral da entidade, tendo como missão implantar e dinamizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2011-2015) nas dioceses na Igreja no Brasil.

Com o lema “Verbo feito carne”, dom Leonardo foi nomeado bispo em 02 de fevereiro de 2005, pelo papa João Paulo II. Natural de Forquilhinha (SC), nasceu em 06 de novembro de 1950, filho de Leonardo Steiner e Carlota Arns Steiner. 

Dom Leonardo possui mestrado e doutorado em Filosofia, ambos concluídos na Pontifícia Universidade Autonianum, em Roma. É formado em diversos cursos de licenciatura como em Filosofia, Letras, Administração Escolar, Orientação Educacional, Supervisão Escolar e Magistério, e bacharel em Pedagogia pela Universidade Sagrado Coração (USC).

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Eleições

Nesta Assembleia, acontecem, ainda, as votações para os cargos de presidentes das doze comissões episcopais CNBB. Também serão escolhidos os delegados que representarão a CNBB junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e à 14 Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que ocorrerá em outubro, no Vaticano.

As eleições podem prosseguir até o dia 23 de abril e seguem normas específicas do Estatuto Canônico da CNBB. Podem votar somente os membros efetivos da Conferência dos Bispos, ou seja, os bispos diocesanos e coadjutores, bispos auxiliares, bispos titulares que exerçam um ofício especial, confiado pela Santa Sé ou pela CNBB, além dos prelados das Igrejas orientais católicas. De acordo com dados da Conferência, do mês de abril, há 313 bispos na ativa, incluindo os cardeais e arcebispos.

Os bispos eméritos somam cerca de 140, mas não têm direito a voto e também não podem ser votados para cargos da CNBB, assim como os bispos recém nomeados que ainda não tomaram posse e que, portanto, ainda não são membros da Conferência.

Conforme o Estatuto Canônico, o voto é secreto e direto. Na contagem dos votos são consideradas as abstenções e votos nulos, a fim de calcular o número de votantes, respeitando a maioria exigida. A Assembleia só poderá deliberar ou eleger, se estiver presente a maioria absoluta dos membros. Todos os bispos da Conferência poderão ser votados, exceto os eméritos. O mandato tem duração de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição consecutiva para o mesmo cargo. Ao serem eleitos, os bispos irão exercer os cargos para os quais foram designados, porém continuam em suas arqui(dioceses).

As eleições para cada cargo ocorrerão em votações separadas. A primeira eleição é para presidente, depois vice-presidente e, posteriormente para secretário-geral da CNBB, considerando a maioria de dois terços dos votantes, no primeiro e segundo escrutínio; e por maioria absoluta dos votantes, no terceiro ou quarto escrutínio. Caso seja necessário, se fará o quinto e último escrutínio entre os dois candidatos mais votados no segundo escrutínio.

Comissões Episcopais

Os presidentes das 12 Comissões Episcopais Pastorais são eleitos por maioria absoluta dos votantes, no primeiro ou segundo escrutínio. Caso não haja um nome escolhido, haverá o terceiro e último escrutínio entre os candidatos mais votados no segundo escrutínio. A eleição dos delegados e suplentes da CNBB junto ao Celam e no Sínodo dos Bispos sobre a Família segue as normas aplicadas às eleições dos presidentes das Comissões Episcopais.                                                                                       

Quem pode ser eleito

Para os cargos de presidente e vice-presidente da CNBB poderá ser eleito somente bispo diocesano. Já o cargo de secretário-geral deve ser ocupado por um bispo. A cerimônia de posse da nova Presidência e dos presidentes das Comissões Episcopais ocorrerá na sexta-feira, 24, às 10h30, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho. O evento será aberto à imprensa.