Focolares promovem Congresso Nacional do Movimento Paroquial

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Evento realizado no Centro Mariápolis Ginetta abordou o tema "Paróquia: comunidade de comunidades"
Publicado em: 28/01/2016 - 15:00
Créditos: Jornal O SÃO PAULO - Edição 3086

Por Carla Cotignoli e Diego Monteiro

“Fui injustamente acusada diante de todo o conselho paroquial. A minha resposta foi apenas o silêncio e lágrimas. Três dias depois, um telefonema. Uma voz embargada pela emoção: ‘Você me perdoa?’. ‘Já perdoei!’ Depois, veio-me um pensamento: não basta perdoar, é preciso um passo a mais. Devo fazer uma vingança de amor, como dizia a fundadora do Movimentos dos Focolares, Chiara Lubich (1920-2008). Convidei essa pessoa para um jantar em minha casa. Nasceu uma amizade que nada pode destruir”.

O relato é de Berenice Sobral, casada, mãe de três filhos, catequista há mais de 20 anos e também ministra da Palavra na Comunidade Santa Rita de Cássia, da Paróquia Imaculada Conceição, na Região Episcopal Belém. Ela foi uma das participantes do Congresso Nacional do Movimento Paroquial, ramificação do Movimento dos Focolares na Igreja local, realizado entre os dias 22 e 24, no centro de formação Mariápolis Ginetta, na cidade Vargem Grande Paulista (SP).

Alicerçado no tema central da “unidade”, específico do carisma do Movimento dos Focolares, e em temáticas pertinentes ao momento atual da Igreja, tais como o Ano Santo extraordinário da Misericórdia e Paróquia - comunidade de comunidades, aproximadamente 150 pessoas, atuantes em 70 paróquias de 18 dioceses de dez estados brasileiros, além dos responsáveis pela Secretaria Internacional do Movimento Paroquial, testemunharam a força do perdão, da misericórdia, do amor evangélico que junto aos movimentos, associações, novas comunidades e pastorais, fazem da paróquia uma comunidade de comunidades.

Em 1966, o Papa Paulo VI incentivou a espiritualidade da unidade nas paróquias, e assim  Chiara Lubich deu início ao Movimento Paroquial. Muitos são os frutos da Palavra de Deus vivida em bairros, principalmente em regiões periféricas onde os leigos assumem os custos para acolher, em locais sempre maiores, o crescente número de fiéis. É o que acontece na Comunidade João Paulo II, em Presidente Prudente (SP), na qual oito em cada dez crismandos se engajam nas diversas pastorais, ou nos trabalhos junto aos cárceres e nas obras sociais das paróquias, onde se descobre que a prioridade maior é escutar e dar atenção às pessoas do que apenas a preocupação da organização e de ajudas materiais.

Na partilha conclusiva, ecoaram as palavras de Chiara Lubich, por meio de vídeos, as quais foram assumidas com empenho pelos participantes: “Que tudo desmorone, mas a unidade jamais (...) custe o que custar”. O objetivo final, partilhado por todos, é de mirar à realização do “sonho de Jesus”, conforme o pedido ao Pai: “que todos sejam um”, sendo em toda parte “Igreja em saída”.