Missa na Catedral recorda Padre Bartolomeu de Gusmão

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O sacerdote brasileiro é reconhecido como inventor do aeróstato, primeiro balão operacional do mundo
Publicado em: 19/11/2015 - 15:45
Créditos: Redação

A Força Aérea Brasileira recordou nesta quinta-feira, 19, o aniversário de morte do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, reconhecido como inventor do aeróstato, primeiro balão operacional do mundo. A data foi marcada com uma missa celebrada na cripta da Catedral da Sé, onde o sacerdote está sepultado desde 2004, e foi presidida por Dom Hidelbrando Miranda, monge do Mosteiro de São Bento, contou com a presença de membros a Aeronáutica e capelães militares.  

Padre Bartolomeu nasceu em 1685, em Santos, litoral paulista. Era filho do cirurgião-mor Francisco Lourenço Rodrigues e Maria Álvares. O casal teve doze filhos e oito entraram para vida religiosa. Era irmão do famoso estadista e diplomata Alexandre de Gusmão. Estudou no Seminário Jesuíta de Belém da Cachoeira, na Bahia. Foi ordenado sacerdote em 1701, sendo enviado para estudar Direito Canônico na Universidade de Coimbra, em Lisboa.

Em agosto de 1709, aos 24 anos, o Padre Bartolomeu convocou a corte portuguesa para conhecer seu mais novo experimento. Gusmão queria voar, e conseguiu. Ele criou um objeto capaz de deslizar pela atmosfera sem apoio nenhum. Pela primeira vez na história, um aparelho construído pelo homem venceu a gravidade.

Chamado de “passarola”, a invenção o brasileiro ficou conhecida rapidamente em toda a Europa. O nome se deve a um desenho apócrifo que surgiu na época. A imagem representava o aeróstato em forma de um pássaro, com uma cabeça de águia e cercado por instrumentos científicos. A ilustração trazia ainda o próprio Gusmão a bordo, como se ele tivesse voado dentro de seu engenho. Além do balão e da bomba elevatória de água, Bartolomeu de Gusmão inventou uma forma de drenar embarcações. Anos depois, na Holanda, ele também criou um sistema de lentes para assar carne ao sol.

Padre Bartolomeu morreu em 18 de novembro de 1724, aos 38 anos, na cidade de Toledo, Espanha, onde ficou sepultado até 1967, quando seus restos mortais foram transferidos para o Brasil, passando pela Fundação Santos-Dumont e, posteriormente, foram entregues aos cuidados da Aeronáutica. Em 24 de março, houve a transladação de seus restos mortais para um jazigo na cripta da Catedral da Sé.