Papa Francisco irá escutar as propostas dos jovens

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Como tema foi definido “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional"
Publicado em: 21/09/2018 - 15:15
Créditos: Redação

Tudo pronto no Vaticano para a assembleia do Sínodo dos Bispos sobre os desafios e oportunidades da juventude atual. Como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, a assembleia será de 3 a 28 de outubro.

Além das missas presididas pelo Papa Francisco e das reuniões em grupo, esse Sínodo terá um grande encontro do Papa com os jovens. De acordo com a Santa Sé, “o Papa deseja encontrá-los novamente, com todos os padres sinodais, para escutá-los e acolher as suas propostas”

A base para os trabalhos de cada Sínodo é o documento chamado Instrumentum Laboris. O texto, que está no site do Vaticano, aborda as experiências dos jovens em uma “cultura do descarte” - expressão muito usada pelo Papa. Diz que a Igreja precisa escutá -los e acompanhá-los em sua vocação.

“Mesmo quando são muito críticos, no fundo, os jovens pedem que a Igreja seja uma instituição que brilhe pelo exemplo, competência, corresponsabilidade e solidez cultural”, afirma o Instrumentum.

Além disso, jovens da reunião pré-sinodal escreveram: “A juventude de hoje deseja uma Igreja autêntica. Com isso, queremos expressar, de maneira especial à hierarquia eclesiástica, o nosso pedido por uma comunidade transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa”. Isso é um exemplo do que deverá guiar as discussões neste Sínodo.

 

BRASILEIROS NA ASSEMBLEIA

A lista oficial dos participantes foi divulgada no sábado, 15. O relator-geral do Sínodo é o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Também participa o Cardeal João Braz de Aviz, na condição de Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

Os bispos enviados pela CNBB são Dom Eduardo Pinheiro da Silva, de Jaboticabal (SP); Dom Gilson Andrade da Silva, Auxiliar de São Salvador (BA); e Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS).

Entre os membros nomeados pessoalmente pelo Papa está o Padre Alexandre Awi de Mello, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. O Superior-geral dos Padres Paulinos, Padre Valdir José de Castro, foi enviado pela União dos Superiores Gerais.

Outros brasileiros devem colaborar com o Sínodo. Dois deles têm a função de “especialistas” no tema da juventude e atuarão como consultores: Padre João Wilkes Rebouças Chagas Júnior, responsável pelo Setor Juvenil do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; e o jornalista Filipe Domingues, doutorando em Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, especialista em Ética da Mídia e colaborador do O SÃO PAULO. Além deles, a jornalista Cristiane Murray e o Padre Alberto Montealegre Vieira Neves auxiliarão a Secretaria.

“Tenho expectativas positivas de que este Sínodo trará bons frutos não só para os jovens e a Igreja, e sim para todo o mundo”, disse à reportagem o jovem Lucas Barboza Galhardo, representante do Movimento Schoenstatt Internacional e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB. Ele foi o único jovem brasileiro nomeado “auditor” do Sínodo – participante com direito a palavra, mas não a voto. “Tenho esperança de que a Igreja encontrará caminhos novos e eficientes para levar o amor e a alegria de Cristo às pessoas”, afirmou.