Em comunidade, Ceb’s fazem memória dos mártires e testemunhas da Caminhada

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Comunidades fazem memória dos mártires e testemunhas do Reino, no Mártir Jesus
Publicado em: 25/10/2017 - 09:30
Créditos: Peterson Prates

A noite de sábado, 21 de outubro, foi de memória dos Mártires da Caminhada para a Comunidade Moisés Libertador, Paróquia São Paulo Apóstolo, no setor São Mateus. A celebração, que acontece há mais de vinte anos, reuniu centenas de fiéis de comunidades próximas e de outras locais, como Região Episcopal Brasilândia, Santo André (SP),Socoroca (SP), Diadema (SP) e Belo Horizonte (MG) .

Presidida por Pe. Laudimiro de Jesus Borges, o Pe. Mirim, a celebração contou com muitos participantes do fórum das Ceb’s da Região Belém, que se preparam para a participação no 14º Intereclesial das Ceb’s em Londrina (PR), com o tema “Ceb’s e os desafios do mundo urbano”.

A celebração teve início com o rito da luz, onde ao redor da fogueira o Círio Pascal foi acesso. Logo depois, com velas nas mãos os fiéis caminharam pelas ruas do bairro tendo à frente um grande cruz, recordando o Mártir Jesus.

“Pra mostrar a força da vida, pra mostrar que no meio da escuridão brota a luz, a páscoa, a vida. Caminhamos, cantando, trazendo nos corações esses sinais de luz e sinais de trevas”, relatou Pe. Mirim, sobre a caminhada.

Em uma das paradas pelo caminho, as crianças da Infância Missionária apresentaram cartazes com a temática da Campanha da Fraternidade 2017, denunciando as violações contra os biomas brasileiros. “Paramos, e a grande leitura da vida veio da boca das crianças, nos ajudando a entrar no mistério da criação de Deus, da Casa Comum”.

No retorno da Caminhada dos Mártires, a juventude da comunidade realizou uma intervenção na frente da comunidade, onde denunciaram o machismo e o feminicídio, o racismo, a homofobia, e outros sinais de morte que atingem a sociedade brasileira.

“Nossos olhos já contemplavam juventudes, marcadas por um sinal de esperança, mas também de denúncia. Nos apresentava mais uma leitura, a realidade sofrida de mulheres, de negros, de gays. Realidades que encontramos no nosso dia a dia, e que são gritos que chegam aos ouvidos de Deus”, comentou sobre a intervenção.

Rodeados pelos estandartes dos mártires e testemunhas do Reino, a celebração recordou leigos, religiosas e religiosos, padres e bispos que foram mortos por testemunharem a fé, como Margarida Alves, Chico Mendes, Pe. Ezequiel Ramim, Frei Tito, Santo Dias, e tantos outros.

Também aqueles, que embora não foram mártires, doaram toda a vida em favor dos mais fracos, foram lembrados, como dom Paulo Evaristo Arns, dom Luciano Mendes de Almeida e tantos outros homens e mulheres das comunidades. “Nós estamos abraçados por esses mártires, e no centro temos o altar do mártir Jesus”, concluiu Pe. Mirim.

A noite foi encerrada com a partilha de alimentos e convivência na confraternização preparada pela comunidade que acolheu a celebração.