Irmãs Terezinha, Lurdinha e Marilda, há 36 anos anunciando o Redentor no Sinhá

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Terezinha de Lurdes Bosco, Maria de Lourdes Toledo da Silva e Marilda de Camargo receberam a outorga do diploma de oblatas redentoristas, pelo trabalho realizado no Jardim Sinhá
Publicado em: 25/08/2016 - 19:30
Créditos: Fotos: Wallace Morais e arquivo pessoal

No sábado, dia 20 de agosto, as três religiosas da Paróquia Nossa Senhora da Esperança receberam a outorga do diploma de oblatas redentoristas, pelo trabalho realizado à comunidade, junto aos Missionários Redentoristas.

Terezinha de Lurdes Bosco, Maria de Lourdes Toledo da Silva e Marilda de Camargo chegaram ao Jardim Sinhá em janeiro de 1980, em uma realidade de extrema pobreza, motivadas por dom Luciano Mendes de Almeida, para trabalhar com as crianças que viviam em situação de vulnerabilidade.

As três professoras chegaram ao bairro como religiosas da Congregação das Irmãs da Providência, mas depois de todo o contato com o povo, trabalhando com as famílias, com a Pastoral do Menor e a Pastoral da Criança, se separaram da congregação para se entregar inteiramente ao povo do Sinhá, de modo especial às crianças.

Com muito esforço construíram, em mutirão, um barraco, lugar para trabalhar com as crianças, reforço escolar, e para as celebrações, e o povo escolheu o nome de Comunidade Nossa Senhora da Esperança. Esse pequeno barraco se tornou hoje a matriz da paróquia.

Oblatas Redentoristas

A entrega do título aconteceu durante o tríduo da padroeira da paróquia, Nossa Senhora da Esperança. O tríduo teve início na quinta-feira com missa presidida pelo bispo auxiliar de São Paulo para a Região Belém, dom Luiz Carlos Dias.

No sábado, a celebração presidida pelo superior provincial da Congregação do Santíssimo Redentor, Pe. Rogério Gomes, lotou a matriz paroquial, com familiares, amigos, religiosas e todo o povo da comunidade, para prestigiar as irmãs do Sinhá, como são chamadas, desde que chegaram no bairro, há 36 anos.


Redentoristas

Depois que estavam trabalhando já há 23 anos com a comunidade, a recém criada paróquia recebeu os missionários redentorista como responsáveis pela Pastoral da comunidade paroquial. Desde então, o vínculo entre as irmãs e os redentoristas cresceram, trabalhando juntos na pastoral e no bairro.

"Elas passam a fazer parte da nossa vida espiritual. Elas trazem um outro aspecto da sociedade, outro modo de ver a Igreja e a realidade, que nos enriquece muito", disse Pe. Rogério Gomes, lembrando que a congregação concede essa condecoração a leigos, religiosos e clérigos que doam sua vida em favor da redenção, e trabalham em favor de uma causa, e partilham do carisma redentorista.

Testemunho

Cláudio Mendes, agente de pastoral da comunidade e morador do bairro há 42 anos, conheceu as irmãs logo que elas chegaram ao bairro, quando ele ainda era criança. "Elas poderiam ter escolhido outro local, outros desafios, mas elas quiseram fazer uma verdadeira opção pelos pobres, aqui no Jardim Sinhá ", relata.

"Elas com muita humildade e despojamento vieram para este bairro, onde faltava basicamente tudo, pavimentação, saneamento básico, atendimento de saúde, transporte, e acima de tudo, faltava alguém com olhar diferenciado para as crianças que viviam em situação de vulnerabilidade", conta Cláudio, que completa "eu posso afirmar que este bairro não seria o mesmo sem a vida dessas três mulheres" .

Graças ao trabalho das irmãs, hoje o bairro conta com quatro centros que atendem crianças e adolescentes (CEI Dom Luciano Mendes de Almeida, CEI Mãe da Esperança, CEI Parque Bancário e a CCA Emília Mendes de Almeida).

Irmãs Terezinha, Lurdinha e Marilda, há 36 anos anunciando o Redentor no Sinhá