Hoje urbanizado, o Largo São José do Maranhão não passava de um vasto logradouro com solo pantanoso, caracterizado por pequenas elevações, seguidas de porções de terra brejosa coberta de rara vegetação rasteira, entrecortado por picadas e atalhos através das quais caminhavam seus poucos moradores, cuja maioria era constituída de oleiros, e os viandantes que demandavam a freguesia de Nossa Senhora da Penha de França.
No sítio do qual nasceria a nossa conhecida Estrada Velha da Penha, existiam dois pousos – lugares apropriados para o descanso de tropeiros e viajantes.Destes atalhos, serviam-se certamente os poucos animais de utilidade doméstica – bois, cabras e jumentos, que procuravam dessedentar-se nas águas do ribeirão Tatuapé ou alimentar-se da verdejante vegetação que crescia nas margens do rio Aricanduva.
Num desses pousos, junto ao ribeirão Tatuapé, “alguém sentou um oratório, onde, ao entardecer, fazia as suas orações e rezava novenas juntando os vizinhos, tropeiros e viajantes que iam aumentando com o correr do tempo”. Com o passar dos anos, o oratório caseiro foi transformado em capelinha em louvor à Santa Cruz, situada nas imediações da atual Rua Arnaldo Cintra com o hoje chamado Largo São José do Maranhão.
A capela Santa Cruz da segunda metade do século XIX, cujo local em que se encontrava já era conhecido por Maranhão, passou a ser chamada de capela da Santa Cruz do Desterro e a partir de 1904, passou a ser conhecida como capela de São José do Maranhão, desconhecendo-se a razão de tal mudança.
O amplo lugarejo de topografia pantanosa e irregular não constituiu exceção ao crescente progresso de nossa capital, lento para aquela região, mas efetivo, de tal sorte que, com a urbanização do local, a agora capela de São José do Maranhão acabou ficando no meio da rua.
No dia 25 de janeiro de 1940 adquiriu a condição de paróquia, com divisas pelo rio Tietê, ribeirão Aricanduva, linha tronco da estrada de ferro Central do Brasil, ruas Dr. Ângelo Vita e Santo Elias
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