Reflexão do Cônego Celso Pedro

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18/01/2015 - 15:30

Jesus está passando e João Batista diz: “Eis o Cordeiro de Deus”. Um dia antes já tinha dito “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Esta é a visão do Evangelista que escreve anos e anos depois da morte do João Batista. O que ele faz João dizer é verdade: Jesus é o verdadeiro cordeiro imolado na Páscoa porque só ele tira de fato o pecado do mundo, e o faz com a sua morte sacrifical no altar da cruz. Discípulos de João conheciam Jesus ou começavam a conhecer. Nada extraordinário que alguns fossem atrás de Jesus. Isto de fato aconteceu quando André e Filipe seguiram Jesus para ver onde ele morava. Jesus se volta e pergunta: O que vocês estão procurando? Sabem eles o que estão procurando? E sabem o que vão encontrar? No Quarto Evangelho estas são as primeiras palavras de Jesus: O que estão procurando? E seu primeiro gesto foi acolher os dois curiosos em sua casa. Eram quatro horas da tarde e passam o resto do dia com Jesus. O bom Pastor já nos dá um modelo de Igreja e um exemplo de pastoral prática. No prólogo do Quarto Evangelho se lê que João veio como testemunha, para dar testemunho da luz a fim de que todos cressem por meio dele. Está começando a corrente daqueles que vão crer por meio de João. Os dois discípulos, André e Filipe já chamam dois outros, Pedro e Natanael, e a corrente vai adiante de elo em elo, do Batista até nós. Quem chama é Deus com revelações interiores ou com a ajuda de seus mediadores. Assim Deus chamou Samuel, o grande vidente e juiz de Israel. Eli, o sacerdote, ajudou Samuel a entender o chamado. Podemos emprestar o som de nossa voz à palavra de Deus e chamar. A resposta será sempre uma graça especial dada por Deus.