Reflexão do Cônego Celso Pedro

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17/05/2015 - 00:15

At 1,1-11; Sl 47; Ef 1,17-23 (Ef 4,1-13); Mc 16,15-20

Um dia, Jesus rezou, pedindo: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estou, também eles estejam comigo para que vejam a minha glória”. Jesus quer que estejamos com ele aqui e lá, onde ele está agora e que vejamos a sua glória. Ele vai a frente preparar um lugar para nós. Desaparece da vista, mas permanece no coração. Bento XVI comentava que a ascensão de Jesus não significa que ele foi para um lugar longe dos homens e do mundo. Não se trata de uma viagem para o espaço em direção aos astros mais distantes, que são afinal, dizia o Papa, elementos físicos como a terra. A ascensão significa que Jesus não pertence mais ao mundo da corrupção e da morte que condiciona nossa vida. Significa que ele pertence totalmente a Deus. Assim também a nossa condição humana. Em Cristo, o ser humano foi levado ao interior da vida de Deus. O Papa Bento lembrava também que o Céu não é um lugar acima das estrelas. “O céu é o ser do homem em Deus”. Vamos entrando no céu na medida em que entramos em comunhão com Jesus. Ao subir ao céu, Jesus abençoa os seus amigos e os enche de alegria. A separação traz tristeza, mas eles estão alegres porque sabem que o Senhor está com eles até o fim dos tempos. Partem alegres para anunciar ao mundo que é possível superar a tristeza e viver na alegria. Agora é hora de se dar conta da glória que faz parte da nossa herança, do poder que Jesus ressuscitado exerce em nosso favor, de que há um só Corpo e um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só batismo uma só esperança a qual fomos chamados. É tempo de edificar o corpo de Cristo porque para isso ele nos capacitou, até chegarmos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus. É tempo de vivermos em comunidade uma espiritualidade séria com bases sólidas que nos leve à estatura de Cristo em sua plenitude. É tempo de subida, de ascensão.