Concílio Vaticano II: uma bússola!

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05/05/2015 - 16:30

Esses últimos dez dias, nós os dedicamos à realização da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Ali, amparados pela materna proteção de Maria e as orações de nossas comunidades, pudemos experimentar o gozo da oração em comum, refletir e tomar decisões conjuntamente e saborear a alegria da fraternidade entre nós: "Como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos" (Sl 133,1). Auxílio necessário recebemos dos(as) assessores(as) da CNBB e dos(as) secretários(as) dos novos regionais.

Um dos momentos que desejo destacar aconteceu na tarde do dia 17 de abril, sexta-feira: a sessão solene em comemoração aos 50 anos de conclusão do Concílio Vaticano II, o maior evento eclesial do século XX, realizado "por singular dom da Providência divina" (São João XXIII, Discursos, Gaudet Mater Ecclesia, 11/10/1962).

Contudo, poderíamos nos perguntar: temos necessidade de fazer tal comemoração? O Concílio já não é uma obra acabada? E seus documentos não estão já ultrapassados? A esse respeito, é muito inspirador o ensinamento de São João Paulo II, ao término do Grande Jubileu do ano 2000: "À medida que passam os anos, aqueles textos não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da tradição da Igreja. Concluído o Jubileu, sinto ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que se beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa" (Novo millennio ineunte, 57).