‘Os que semeiam com lágrimas, recolhem entre cânticos. Na partida vai chorando, o que leva a semente; no regresso vem cantando, o que transporta os feixes das espigas’ (Sl 125,4-6). ‘Semear é um gesto de confiança e esperança; é necessária a diligência do homem, mas depois deve-se entrar numa expectativa impotente, consciente de que muitos fatores serão determinantes para o bom êxito da colheita e que o risco de uma falência está sempre à espreita. E no entanto, ano após ano, o camponês repete o seu gesto e lança a sua semente. A tudo isto faz referência o Salmista para falar da salvação, da libertação, como todas as situações de sofrimento e de crise, com a sua escuridão dolorosa, feita de dúvidas e de aparente distância de Deus, na realidade — diz o nosso Salmo — é como uma sementeira" (Papa Bento XVI).