Expressões artísticas marcam celebrações da Comunidade Polonesa em São Paulo

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Denise Luxa, 41, é membro da comunidade polonesa que se reúne da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, próxima ao metrô Tiradentes.
Publicado em: 28/04/2014 - 14:15
Créditos: L´osservatore Romano

Denise Luxa, 41, é membro da comunidade polonesa que se reúne da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, próxima ao metrô Tiradentes. Com roupa folclórica da região sul da Polônia, na Cracóvia, o grupo de imigrantes e os demais membros que se agregaram à comunidade participaram da missa solene da Capelania Pessoal Polonesa em São Paulo, no domingo, 27.

Denise é atriz e já viveu a experiência de ficar entre a vida e a morte, pois teve um grave problema no coração. “Depois que voltei a viver, decidi fazer o que mais gosto: atuar. E sempre me lembro daquele trecho da Rosa Luxemburgo, quando ela fala de um homem que quase morreu, mas ainda tinha um ‘pouquinho de vida’. Acredito que todo mundo deveria passar por essa fase de ter um pouquinho de vida, para perceber o que é essencial”, disse.

As poesias, músicas, e a obra: “A loja dos Ourives”, escrita por Karol Wojtyla e produzida no Brasil por “Mensagens produções artísticas” e pela “Caravana Produções”, foram lembradas após a missa, presidida por Dom Tarcísio Scaramussa, vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Sé.

“João Paulo II foi um artista, um poeta e, sobretudo, alguém que soube respeitar a diversidade cultural. Estou feliz em celebra com a Igreja, a santidade deste papa polonês”, afirmou Denise. Uma exposição de fotos da vida de Karol Wojtyla também foi montada no pátio ao lado da igreja. Padre Andrzej Wojteczek, capelão pessoal polonês, ressaltou características do novo santo no início da celebração.
Maria de Lourdes Nunes Melo, a idealizadora da peça “Enlace: a Loja dos Ourives” se emocionou a falar de João Paulo II durante a missa. “Em 1980, quando ele veio ao Brasil, ouvi no rádio que ele tinha escrito um teatro e disse ao meu marido que ia atrás dos direitos autorais. Ele disse que iria me internar”, riu Maria.

A festa da Misericórdia, celebrada com especial devoção pela comunidade polonesa, no 2º Domingo da Páscoa, foi marcada também pela lembrança da santa polonesa Faustina Kowlska e a oração do terço da Misericórdia.

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