Serviço de Escuta e a dignidade humana

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Com a presença de 39 pessoas, entre voluntários e coordenadores de várias paróquias da Arquidiocese, o Serviço de Escuta teve seu terceiro retiro espiritual anual, no dia 12 de agosto.
Publicado em: 05/09/2017 - 09:45
Créditos: Edição 3164, do Jornal O SÃO PAULO, de 31 de agosto a 05 de setembro de 2017, p. 17

Com a presença de 39 pessoas, entre voluntários e coordenadores de várias paróquias da Arquidiocese, o Serviço de Escuta vivenciou seu terceiro retiro espiritual anual, no dia 12, encerrado com missa na Paróquia São Luis Gonzaga, no Setor Santa Cecília.

O pregador foi o Frei Hipólito Martendal, Ofm, que tratou do tema “A Dignidade Humana”. Em clima de silêncio, houve duas exposições, uma pela manhã e outra à tarde, seguidas de momentos de meditação, oração pessoal e, posteriormente, partilha.

Algumas das reflexões do retiro foram extraídas do livro “A Dignidade - Jorge Mario Bergoglio – Papa Francisco”, de autoria de Abraham Skorka, Rabino da Comunidade Benei Tikva e reitor do Seminário Rabínico da Argentina, e Marcelo Figueroa, membro da Igreja Presbiteriana San Andrés. “Uma expressão da dignidade do homem é o fato de que Deus nos conheça por nosso nome, nos dê um nome. (...) Cada pessoa, para Deus, é única e singular e tem uma missão na vida, o que faz nossa existência ser digna e apaixonante. (...) Na medida em que recebo dignidade, estou sendo preparado para poder retribuir com acréscimo essa dignidade com que meus congêneres me honraram. (...) Como faço para dignificar a vida? (...) O que posso fazer para melhorar a sociedade? (...) Deus me deu essa dignidade de ser Seu filho, eu a assumo, mas como a transmito? (...) Como faço para que o outro se sinta digno? (...) Ao dignificar o homem, consciente ou inconscientemente, estou dignificando Deus (...) Essa dignidade humana dada por Deus pode desaparecer se eu me afastar de meu Criador ou de meus semelhantes. (...) posso obscurecer a dignidade quando discrimino, desqualifico ou desvalorizo. Mas, posso contagiar o outro com ela quando o valorizo, o dignifico, quando o vejo, como diz a Bíblia, maior que eu mesmo; quando busco reconhecer a dignidade no outro e ver não somente a imagem de minha semelhança ou de meu semelhante, mas ver a imagem de Deus no outro. Esse acontecimento de amor, de me aproximar do outro, é contagioso. E volta para mim, e me devolve dignidade, e me devolve essa imagem de Deus”, consta em um dos trechos do livro.

(Colaborou: Ligia Terezinha Pezzuto)