o 'foco' da primeira sessão das assembleias sinodais nas regiões episcopais

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20/05/2019 - 12:15

O 'foco' da primeira sessão das assembleias sinodais nas regiões episcopais

As assembleias sinodais nas regiões episcopais se iniciarão, agora em maio, com a celebração da sua “primeira sessão”, cujo objetivo é: ver, refletir, analisar e elaborar um diagnóstico sobre a realidade religiosa, pastoral e evangelizadora da respectiva região episcopal, a partir dos relatórios das assembleias paroquiais do sínodo, da pesquisa de campo nas paróquias e dos resultados da pesquisa específica feita pelos párocos em 2018.

As questões que orientarão a “primeira sessão” das assembleias sinodais nas regiões episcopais, em resumo, são as seguintes:

1. Qual a realidade eclesial, religiosa, pastoral e evangelizadora que os conteúdos apresentados, a partir das paróquias, apresentam?

2. A partir da realidade apresentada, quais os desafios pastorais e missionários a serem enfrentados e superados para que as paróquias realizem o caminho de comunhão, conversão e renovação pastoral missionária?

3. Em que as paróquias devem renovar-se? Quais são os indicadores que apontam as urgências da renovação pastoral missionária da paróquia? E quais são essas urgências?

Como podemos perceber, o “foco” da “primeira sessão” da assembleia sinodal nas regiões episcopais é a “paróquia”, esta que é chamada a ser o “lugar” eclesial no qual o fiel cristão, de modo visível e concreto, vive e progride na fé, tornando-se discípulo missionário do Senhor, alimentando-se da Palavra, da Eucaristia, da vida em caridade e da corresponsabilidade missionária de evangelizar a cidade.

A vida comunitária paroquial é a primeira urgência a ser considerada, tratada e cultivada por todas as instâncias organizativas da pastoral arquidiocesana, pois é a comunidade paroquial que torna visível a própria Igreja arquidiocesana num lugar específico da cidade. Ela é como o “fermento na massa”: “acolhe” a todos os que são atraídos pelo Evangelho de Cristo; ela os “acompanha” no amadurecimento da fé, esperança e caridade; ela os “nutre” com os sacramentos e os “envia” em missão, para que o Evangelho de Jesus chegue aos que dele têm fome, principalmente os pobres e excluídos.

Por outro lado, devemos entender que é de “uma vida comunitária bem vivida” que florescem as vocações sacerdotais e religiosas; as lideranças cristãs para atuarem nos mais diversos “areópagos” da cidade; leigos e leigas que se inserem na vida e missão da Igreja na cidade e passam a sustentar a sua ação pastoral evangelizadora.

É certo que, na perspectiva urbana, tudo isto é muito desafiador. No entanto, a primeira missão da Igreja na cidade é a de cultivar intensamente a vida comunitária eclesial, porque é nela que se vive, primeiro e concretamente, o propósito do sínodo arquidiocesano, o de realizar um caminho contínuo de “comunhão, conversão e renovação pastoral missionária”.

Em função do que o “Espírito diz à Igreja” hoje, quais os caminhos a serem indicados – assumidos para que as paróquias de nossa Arquidiocese sejam comunidades de discípulos-missionários de Jesus na cidade?

Que o Espírito Santo conduza a realização da “primeira sessão” das assembleias sinodais nas regiões episcopais!

Padre José Arnaldo Juliano dos Santos é Teólogo-Perito do Sínodo Arquidiocesano