Nossa Senhora de Fátima e a paz no mundo

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"Rezem o terço e façam penitência"
Publicado em: 26/05/2015 - 13:45
Créditos: Dom Carlos Lema Garcia

      Lúcia, a mais velha das videntes de Fátima, contava somente 10 anos quando Nossa Senhora lhes apareceu pela primeira vez, no dia 13 de maio de 1917. Seus primos, Jacinta e Francisco, tinham 7 e 8 anos respectivamente.

A Europa estava em plena Primeira Guerra Mundial.

Meio dia. De repente, sobre uma azinheira, no centro de uma grande auréola de luz que os envolveu, as crianças viram uma formosa senhora, mais resplandecente que o sol.

- De onde sois, Senhora?

- Sou do Céu.

Assim começou a primeira conversa entre Nossa Senhora e Lúcia.

Entre maio e outubro, houve seis aparições de Nossa Senhora.

Pediu-lhes que rezassem o terço todos os dias, e que fizessem penitência.

Eles procuraram modos de fazer penitência: começaram a deixar seu lanche para o rebanho comer, ou amarrar uma corda fortemente na cintura, etc.

Na terceira aparição, Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia a seu Imaculado Coração - os pastorinhos ignoravam o significado da palavra Rússia – e a Comunhão reparadora dos primeiros sábados.

Nesta aparição também recomendou:

Quando rezem o terço, no final de cada dezena, digam: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai todas as almas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.

Na última aparição, 13 de outubro, Nossa Senhora disse-lhes:

- Eu sou a Virgem do Rosário. Desejo que neste lugar se levante uma capela em minha honra.

Como havia anunciado, nesse dia teve lugar o milagre do sol, presenciado por umas 70 mil pessoas, que se haviam dirigido à Cova da Iria e foi publicado com detalhe na imprensa.

Chovia torrencialmente. De repente a chuva cessou e as nuvens, escuras desde cedo, se dissiparam.  O sol apareceu no zênite como um disco de prata que se podia olhar sem se ofuscar. Ao redor do disco distinguia-se uma coroa brilhante. De improviso, começou a tremer, a sacudir-se com movimentos bruscos, projetando, em todas direções, feixes de luz cuja cor mudava muitas vezes.

A mensagem de Fátima contém um aspecto de exigência cristã: é necessário desagravar a Deus por todos os pecados cometidos, fazer penitência, rezar o Rosário, difundir a devoção ao Imaculado Coração de Maria, e rezar muito pelo Papa.

Jacinta e Francisco, tal como Nossa Senhora anunciou, morreram pouco depois das aparições.

Lúcia, de acordo com o desejo expresso de S. Maria, aprendeu a ler e a escrever; em 1926 entrou para a Congregação das Dorotéias na cidade do Porto. Mais tarde, foi admitida no Carmelo de Coimbra.

Como Nossa Senhora havia previsto, a II Guerra começou muito mais violenta que a primeira. Portugal, por graça dela, ficou à margem do conflito.

Na quarta-feira, 13 de maio de 1981, festa de N. Senhora de Fátima, havia a audiência geral na Praça de São Pedro quando o Papa João Paulo II sofreu um grave atentado. Um terrorista de nacionalidade turca, atirou no Papa a uma pequena distância. Por muito pouco, uma das balas não atingiu a veia aorta, o que produziria uma hemorragia instantânea, que lhe impediria chegar com vida ao hospital.

Um ano depois, nesta mesma data, São João Paulo II viajou a Portugal para agradecer a Nossa Senhora de Fátima a sua sobrevivência ao atentado.

 A 25 de março de 1984, o Papa João Paulo II, em união com os Bispos do mundo inteiro, decidiu renovar a consagração do mundo e da Rússia ao Imaculado Coração de Maria diante da Imagem de Fátima, trazida expressamente para a praça de S. Pedro, com a presença de 200 mil pessoas.

A 9 de novembro de 1989 cai o muro de Berlim: uma comprovação das revelações de Nossa Senhora dirigidas aos pequenos pastores de Fátima.

Tal como na época das aparições de Nossa Senhora em Portugal, vivemos hoje semelhantes panoramas de agressão e de guerra, em que muitos cristãos sofrem amargas perseguições. Seguindo o exemplo dos pastorinhos de Fátima, elevamos a Deus a nossa oração, por intercessão de Maria, Mãe de Jesus, para consolar os que sofrem e encontrar um caminho para a paz nas nações em conflito, conforme o Papa Francisco não cessa de nos pedir.