Com as bençãos de Deus pela intercessão de Santa Rita de Cássia

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Entre os dias 14 a 22 de maio a Paróquia Santa Rita de Cássia, no Morro Grande realizou sua novena em honra a Padroeira.
Publicado em: 29/05/2016 - 00:30
Créditos: Renata Moraes e Jorge Vicente

Entre os dias 14 a 22 de Maio, a Paróquia Santa Rita de Cássia, no Morro Grande, Setor Pastoral Nova Esperança esteve em festa, para comemorar mais uma novena em honra a sua padroeira. Com o tema "Eucaristia, beber na fonte da vida", durante nove dias os fiéis devotos da santa das causas impossíveis participaram de missas presididas por diversos sacerdotes que fizeram parte da história da paróquia. No quinto dia da novena, na quarta-feira, 18, houve missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. O Cardeal falou sobre a importância do Sacramento da Eucaristia, e exortou os paroquianos a se prepararem bem para recebê-la com grande amor e devoção.Foi um momento de grande alegria para toda a comunidade paroquial.

Na Solenidade da Santíssima Trindade, no domingo 22, dia dedicado a memória de Santa Rita, houve missa solene presidida por Dom José Penteado, bispo emérito da Diocese de Jacarezinho -PR. Em todas as noites as missas foram transmitidas via internet pela equipe da Pastoral da Comunicação paroquial."Cerca de 180 pessoas puderam acompanhar as transmissões, conseguimos alcançar aproximadamente 30% de pessoas a mais do que no ano passado, utilizando as mídias sociais e a transmissão online", destacou Jorge Vicente Coordenador da Pascom Santa Rita.

A Paróquia Santa Rita de Cássia foi fundada em 1976, além da matriz paroquial ela é formada por mais duas comunidades, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Alegria e São Paulo Apóstolo, sendo uma das quatro paróquias que compõem o Setor Pastoral Nova Esperança.

O milagre da vida pela intercessão de Santa Rita

Santa Rita de Cássia é conhecida como a santa das causas impossíveis, muitos devotos recorrem a sua intercessão nos momentos difíceis. Esse é o caso de Renata de Freitas, 37, que recorreu a Santa Rita quando em 2010, no quinto mês de gravidez de sua filha Mariana, recebeu um diagnóstico dos médicos que a bebê tinha uma malformação embrionária do sistema nervoso central, decorrente de uma falha no fechamento do tubo neural, conhecida como mielomeningocele.

Segundo o relato da mãe, os médicos disseram a criança teria apenas 2% de chance de sobrevivência e se ela sobrevivesse teria graves sequelas motoras, como não andar.  Os médicos chegaram a dizer que nos países onde o aborto é permitido, as mães que recebem este diagnóstico optavam pelo ato. Junto com o esposo Marcelo Xavier, Renata não perdeu a fé e assim que saiu daquela consulta se dirigiu a uma Igreja de Santa Rita. "Sempre fui devota, diante da imagem de Santa Rita eu pedi uma graça com toda minha fé, e que se ela tivesse 2% de chance eu me apegaria nestes 2 % para ver minha filha nascer e viver", contou Renata. Toda a gravidez foi marcada por momentos difíceis, mas de muita fé e esperança. Mariana nasceu em 15 de março de 2011, e assim que nasceu foi submetida a uma cirurgia. A menina foi crescendo saudável e surpreendendo os médicos."Quando a Mariana tinha 1 ano e 3 meses fomos a Cascia, na região da Úmbria na Itália, na Basílica de Santa Rita, agradecer o milagre concedido e foi um momento muito especial para a nossa família" relatou a mãe sobre a emoção de agradecer pelo milagre da vida de Mariana, sob os pés de Santa Rita de Cássia."Hoje a Mariana tem 5 anos e é perfeita, uma menina doce, carinhosa e acima de tudo feliz e amada! Obrigada Santa Rita por estar ao meu lado e me conceder este milagre junto a Deus Pai", encerrou Renata.

Renata de Freitas  e sua filha Mariana/Créditos: Ernesto Dias

Devota de Santa Rita de Cássia, a jovem Leticia Pereira, 20, também rende graças a Deus pelas bençãos recebidas por intercessão da Santa.A jovem descobriu que estava grávida em novembro de 2015, logo ao fazer os primeiros exames foi diagnosticada com uma gravidez de risco, devido ao deslocamento da placenta, isto explicava o sangramento inicial que Leticia sofria. “A ginecologista explicou ser comum o sangramento por conta do descolamento da placenta, e avisou que isso prejudicaria o meu bebê e friamente ela pediu pra eu voltar pra casa, pois no ultrassom o feto ainda estava vivo, mesmo assim a médica disse que ele ia morrer e poderia ser que eu abortasse em casa", contou a jovem.Mesmo diante do diagnóstico, Letícia não perdeu a fé, e durante a missa pediu o milagre para a santa intercessora. "Decidi pedir a Santa Rita que pelo seu infinito amor fortalecesse a vida da minha criança, pois a médica já havia dito que só Deus poderia mudar aquela situação e seria difícil aquela criança sobreviver. Então pedi a Santa das causas impossíveis para dar a vida a minha filha".

No dia 22 de maio, durante a festa da Padroeira em sua paróquia, Letícia junto ao andor que trazia a imagem de Santa Rita, a jovem mãe agradecia o milagre, a gravidez seguiu saudavelmente e Letícia, já com nove meses de gestação, aguarda ansiosa a chegada de sua princesa Lara, que nos próximos dias vai nascer. “Aquela gravidez impossível, aquela criança que ia morrer por aborto espontâneo hoje já está pesando quase 3 quilos, e pela graça de Deus está prestes a chegar ao mundo. Louvo a Deus e a Virgem Maria e a Santa Rita de Cássia, por seu infinito amor por mim e pela Lara", relatou Letícia.

 

Santa Rita, mulher de oração e rica de virtudes

Natural da Província da Úmbria, conhecida região italiana, Santa Rita nasceu em 1381 e morreu aos 22 de maio de 1457.  Foi proclamada Santa pelo Papa Leão XIII em 24 de maio de 1900. Aos 16 anos Rita se casou com Paolo di Ferdinando Mancini, jovem de boas intenções, mas vingativo. Tiveram dois filhos. Com uma vida simples, rica de oração e de virtudes, toda dedicada à família, ela ajudou o marido a converter-se e a levar uma vida honesta e laboriosa.

Sua existência de esposa e mãe foi abalada pelo assassinato do marido, vítima do ódio entre facções. Rita conseguiu ser coerente com o Evangelho perdoando plenamente todos aqueles que lhe causaram tanta dor. Os filhos, ao contrário, influenciados pelo ambiente e pelos parentes eram inclinados à vingança. A mãe, para evitar que se destruíssem, humana e espiritualmente, pediu a Deus que tirasse a vida deles, pois ela preferia vê-los mortos que manchados com sangue da vingança. Ambos, ainda jovens, viriam a falecer em consequência de doenças naturais.

Rita, viúva e sozinha, pacificou os ânimos e reconciliou as famílias com a força da oração e do amor; só, então, pôde entrar no mosteiro agostiniano de Santa Maria Madalena, de Cássia, onde viveu por 40 anos, servindo a Deus e ao próximo com uma generosidade alegre e atenta aos dramas do seu ambiente e da Igreja do seu tempo. Nos últimos 15 anos Santa Rita teve sobre a testa o estigma de um dos espinhos de Cristo, completando, assim, na sua carne os sofrimentos de Jesus. Foi venerada como santa imediatamentre após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex miraculorum, ambos documentos de 1457-1462.

Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, em uma urna de prata e cristal fabricada em 1930. Recentes exames médicos informaram que sobre a testa, à esquerda, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite). O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos, talvez, uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto que sob o hábito de religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto.

(Com informações do site da Canção Nova)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novena de Santa Rita de Cássia, no Morro Grande