Clero participa de celebração penitencial

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Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano, expôs alguns pontos relativos a essa iniciativa arquidiocesana durante reunião
Publicado em: 27/03/2018 - 13:30
Créditos: Redação

 clero atuante na Região Episcopal Sé reuniu-se, no dia 21, na Igreja São Bento – Basílica Nossa Senhora da Assunção, no Setor Pastoral Catedral. 

Após a oração conduzida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, Dom Matthias Tolentino Braga, OSB, Abade do Mosteiro de São Bento, deu as boas-vindas a todos e explicou sobre a construção do atual Mosteiro e a atuação na Igreja em São Paulo. 

Na sequência, o Padre José Arnaldo Juliano dos Santos, Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano, expôs alguns pontos relativos a essa iniciativa arquidiocesana.

A celebração penitencial do clero aconteceu logo em seguida à reunião, na Igreja São Bento, sendo conduzida pelo Padre Helmo César Faccioli, Coordenador Regional de Liturgia. 

Durante a homilia, Padre Helmo destacou, com base no Evangelho de Jo 20, 19-23, o sacramento da confissão: “no sacramento da Penitência é onde se realiza a conversão e acolhida no interior da Igreja. A Penitência é a tradução do grego metanoia , que significa mudança radical, na maneira de pensar, sentir e agir. Não é mudança tática superficial. Não é mudança de aparência. É mudança radical e, por conseguinte, impossível à pessoa humana sem a graça de Deus que torna a iniciativa dessa transformação. [...] A Penitência tem dimensão missionária para anunciar e converter o mundo de que há melhores maneiras de viver, de sentir e agir. A celebração do sacramento que realiza a nossa conversão é chamada a ser sinal salvador para o mundo. Naqueles que buscam a conversão sincera, o mundo recebe um testemunho de fé. A Igreja tem consciência de ser em Cristo “como um sacramento e sinal de íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG 1,1). A proclamação do perdão é característica de todo o ministério de Jesus. Ele tem consciência que veio para os pecadores. Na tarde da Ressurreição, envia os discípulos e vincula a missão ao perdão dos pecados (Jo 20, 19-23). Muitas vezes, a fragilidade humana dos ministros ofusca neles a transparência da face de Cristo, que ao escolher seus ministros não tinha ilusões. Foi nesta debilidade humana que Ele pôs o selo sacramental de sua presença. Essa razão encontramos em São Paulo: ‘Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que tão excelso poder se reconheça vir de Deus e não de nós’ (2Cor 4,7). O caminho sinodal reflete sobre a conversão diária. É exigência fundamental do Evangelho. [...] A oração, de certo modo, é a primeira e a última condição da conversão do progresso espiritual e da santidade. É a oração que traça o estilo essencial do sacerdócio; sem ela esse estilo se deforma”. 

A reunião terminou com um almoço oferecido pela comunidade monástica.