Exortação apostólica foi tema principal no 2º dia da Assembleia do Regional Sul 1 da CNBB

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<p>Dom Edmar Peron, apresentou uma síntese do segundo Capítulo da Exortação Apostólica Evangelli Gaudium</p>
Publicado em: 05/06/2014 - 11:15
Créditos: Redação

O segundo dia da 77ª Assembleia Regional dos Bispos do estado de São Paulo, que está sendo realizada em Aparecida, começou com a Celebração Eucarística presidida por Dom Nelson Westrupp, bispo diocesano de Santo André, recordando os bispos jubilares em 2014. A celebração ocorreu as 7h na Capela Nossa Senhora da Esperança, no Hotel Rainha do Brasil.O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e presidente da CNBB Regional Sul 1 abriu os trabalhos no Auditório do Centro de reuniões Santo Afonso, tendo o secretário Dom Tarcísio Scaramussa, SDB, apresentado a pauta das atividades desta quarta-feira, iniciando com a apresentação do relatório da Comissão Bíblico-Catequética pelo seu presidente Dom Vilson Dias de Oliveira, bispo diocesano de Limeira; relatório da Comissão de Liturgia, por Dom Manuel Parrado Carral, bispo diocesano de São Miguel Paulista.
 

Créditos: CNBBSul1.org.br

Dom Edmar Peron, apresentou uma síntese do 2º Capítulo da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium

O assessor Dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo, apresentou uma síntese do 2º Capítulo da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, com o tema “Na crise do compromisso comunitário”. Os principais pontos foram: Desafios no mundo atual:

 

 

  1. Rejeitar a economia da exclusão.
  2. Rejeitar a idolatria do dinheiro;
  3. Rejeitar a desigualdade social que gera violência.

Sobre os desafios culturais, Dom Edmar comentou sobre “ataques à liberdade religiosa”; o domínio do “exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório”; a “proliferação de novos movimentos religiosos” fundamentalistas ou de “espiritualidade sem Deus”; “O processo de secularização que tende a reduzir a fé e a Igreja ao âmbito privado e íntimo”; “o Matrimônio visto como mera forma de gratificação afetiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um”. “Há uma necessidade imperiosa de evangelizar as culturas”, completou.

Pe. Luiz Alves de Lima, SDB, que assessorou o Terceiro Painel, falou que “é fundamental que haja uma autêntica transformação da Igreja, sobretudo na dimensão missionária, com uma conversão pastoral”. “Às vezes demoramos demais para tomar atitudes de evangelização, de anúncio. A samaritana do Evangelho não esperou tanto para anunciar. Por que esperamos tanto?, questionou.

O Quarto Painel teve como assessor o professor doutor Alex Villas Boas, teólogo. “Se o Evangelho possui uma tarefa metanoica em que mudando como se pensa, se muda como se vive, então evangelizar é inevitavelmente “tornar o Reino de Deus presente no mundo” (EG, 176), alargando as consciências para perceber que “amor de Deus reina no mundo”, nessa insistente ação e presença que vai ampliando as possibilidades de relações e refeituras sociais. Deste modo, a “recepção [afetiva] do anúncio” é autêntica na medida em que está aberta a um “efetivo amor fraterno” (EG, 178) que “compreende, assiste e promove” os mais necessitados e se configura como “opção pelos pobres”, contudo, na (EG 179-180), tal “imperativo de ouvir o clamor dos pobres” tem “início no mais íntimo de nós mesmos” (EG 193), ou dito de outra maneira, é graça a ser desejada”, disse o teólogo.

A assembleia começou na terça-feira (03) em Aparecida e termina nesta quinta-feira (5), no Hotel Rainha do Brasil.

Diác. Pascoal