REUNIÃO DO CRP RESSALTA A NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO COM A JUVENTUDE

Na noite de quarta-feira, 09/03, às 19h30, o CRP (Conselho Regional de Pastoral) da Região Episcopal Sé, reuniu-se no salão da Cúria Regional, que fica na Avenida Pacaembú.

Após oração preparada pela equipe de liturgia e conduzida por Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal para a Região Sé, que, logo após a oração acolheu os presentes e passou a palavra ao Côn. José Arnaldo Juliano dos Santos, Coordenador Regional de Pastoral, que em poucas palavras fez uma breve colocação sobre os assuntos para a reunião - a retomada dos trabalhos para o Sínodo Arquidiocesano, pedindo a motivação, participação e contribuição para a Pré-Assembleia e também em destaque, a elaboração de propostas para a motivação da participação dos nossos jovens novamente na Igreja.

Para o segundo tema “a participação da juventude na igreja”, a assessoria foi do Pe. Vandro Pisaneschi, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, do Setor Pinheiros, paróquia que tem grande participação da juventude nos trabalhos pastorais e nas missas. Pe. Vandro iniciou a fala pautando-se na ENCÍCLICA do Papa Francesco, a “EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS SINODAL CHRISTUS VIVIT”, de 2019 onde fala aos Jovens e a todo o povo de Deus, mostrando como é o jovem dentro da igreja e como engajá-los nas Paróquias.

Em primeiro lugar o Papa destaca que não devemos “rotular o jovem”, não determinar sua faixa etária, pois cada jovem vem de realidades distintas, ou seja, de acordo com a vivência de sua realidade de vida é que o jovem se mostra como ele é, quem ele é. Eles têm alta capacidade tecnológica e domínio do ambiente digital, muitos sofrem ou sofreram violência e abuso, têm feridas na alma e grande fragilidade emocional e existencial. Por isso, muitas mostram crise de obediência e falta de limites, têm a necessidade de aprovação alheia e consequentemente o culto da aparência e a falsa percepção de si mesmos e o grande isolamento social. Buscam somente escolhas que lhes pareçam uteis e que valham a pena momentaneamente.

Neste sentido, Pe. Vandro ressaltou que temos que falar a linguagem que o jovem entenda, não o que queremos dizer, mas o que ele entenda, estabelecer uma relação de confiança, de amizade. Devem ser acolhidos pela comunidade, não em qualquer lugar, não devemos vê-los como problema, como uma ameaça. Gostam de ser desafiados, atraídos e não convencidos por imposição e autoridade. Devemos atuar com mensagens atuais e possíveis de serem vividas por eles, não somente o que “achamos que é correto ou como era antes”.

 Pe. Vandro mostra alguns caminhos, os jovens se sentem atraídos pelo trabalho voluntário e social, por isso seria um bom caminho para atraí-los. Além disso, se explorarmos os ambientes digitais vamos encontra-los e poder utilizar a linguagem que eles entendem, podemos desafiá-los justamente nestes trabalhos também, convidá-los para leituras nas missas, envolve-los nas pastorais, sempre “convidá-los e não por imposição”, conquista-los com criatividade, amor e alegria.

Após a explanação formaram-se grupos de trabalho para que pudessem escrever as ideias e sugestões para que a Igreja possa retomar e motivar a juventude a voltar para a igreja.

As respostas foram recolhidas e algumas destacadas por Dom Carlos ao final da reunião, como por exemplo identificar lideranças entre esses jovens para formar grupos de jovens e assim, formar outras lideranças, motivar a atuação da juventude na CF 2022, na catequese e em trabalhos que exigem conhecimentos digitais dentro e fora da igreja para evangelizar. Motivar encontros externos, pois jovens gostam de ambientes abertos. Enfim, são várias ideias que podemos e devemos trabalhar, mas principalmente coloca-las em prática.

Dom Carlos então, finalizou o encontro com a benção final.

Texto e Fotos: Centro Pastoral Sé