Jubileu Extraordinário da Misericórdia

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Reunidos em Bogotá, capital da Colômbia, o evento reuniu cardeais, bispos, padres e leigos da Igreja da América entre os dias 27 e 30 de agosto.
Publicado em: 30/08/2016 - 18:00
Créditos: Redação com Rádio Vaticano e Agencia Ecclesia

Promovido pelo Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) e Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) aconteceu entre os dias 27 e 30 de agosto, o Jubileu extraordinário da Misericórdia, aconteceu em Bogotá, capital da Colômbia. No encontro participaram cardeais, bispos, padres, leigos e representantes das 22 Conferências Episcopais dos Países da América incluindo os Estados Unidos e o Canadá. 

Neste ano, o Congresso traz o tema "Que um vento impetuoso de santidade acompanhe o Jubileu Extraordinário da Misericórdia em toda a América"

A abertura do Congresso foi confiada ao Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o Arcebispo Rino Fisichella, que falará sobre o tema "Este é o grande tempo da misericórdia".

Durante o Jubileu estiveram presentes ainda o Cardeal Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, que falará sobre "A missão da Igreja de testemunhar, anunciar e viver o mistério do Evangelho da misericórdia no continente americano" e o Cardeal Rubén Salazar Gómez, enquanto Arcebispo de Bogotá e Presidente do CELAM.

Assim também como o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro Quiroga e o Arcebispo de Los Angeles, Dom José Horacio Gómez.

Vídeo-mensagem de Francisco aos Bispos de toda América

O Papa Francisco enviou uma longa vídeo-mensagem aos Bispos do Continente Americano, que celebram, em Bogotá, na Colômbia, o seu Jubileu da Misericórdia

O Pontífice lembrou aos participantes do Congresso da Misericórdia, a decorrer em Bogotá, Colômbia, que na vida dos povos “existe muito sofrimento”, o que exige união na Igreja.

“Já existe muito sofrimento na vida dos nossos povos para que ainda acrescentemos mais ou um pouco mais. Aprender a lidar com a misericórdia é aprender com o mestre para tornarmo-nos próximos, sem medo daqueles que foram descartados e estão ‘contaminados’ e marcados pelo pecado”, assinalou Francisco, na mensagem divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Para o Papa o “tratamento não misericordioso” por mais justo que pareça, acaba por “tornar-se abuso”: “A inteligência está em melhorar as formas de esperança. ”

O pontífice alerta que estão inseridos numa “cultura fraturada”, que “respira descarte” e exclui “tudo o que possa prejudicar os interesses de poucos” deixando pelo caminho “idosos, crianças, minorias étnicas” que são consideradas “uma ameaça”.

Neste contexto, aos participantes do congresso da Misericórdia na capital da Colômbia o Papa assinala que é a essa sociedade, a essa cultura que o Senhor os envia com o “único programa” de trata-los com misericórdia

“Tornem-se vizinhos desses milhares de indefesos que andam no amado território americano propondo um tratamento diferente. Um acordo renovado, olhando a nossa forma de interagir empate em Deus sonhou, o que ele fez”, observa.

Francisco começou a sua mensagem por relembrar a palavra do Apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo para destacar o “convite”, a “provocação” para que não se permaneça “indiferente” porque para São Paulo a relação com Jesus centra-se na forma como foi tratado, “a misericórdia é uma forma concreta de ‘toque’”.

Por isso, acrescenta, o Deus de Paulo “gera o movimento do coração para as mãos”, o movimento que não tem medo da abordagem, “de tocar, acariciar” sem se escandalizar ou condenar, “sem excluir ninguém”.

Segundo o pontífice argentino o encontro que termina esta terça-feira “não é um congresso, uma reunião, um seminário ou conferência” mas uma “celebração” porque foram “convidados” para celebrar o relacionamento de Deus com “cada um e com o seu povo”.

“Nosso modo de agir com os outros nunca vai ser uma ação baseada no medo, mas na esperança que ele tem na nossa transformação”, sublinha Francisco sobre a ação que gera “oportunidades, empurra”, que “enfatiza a confiança na aprendizagem, sempre à procura de novas oportunidades”.

O Papa manifestou também alegria com a participação de “todos os países da América” no Congresso da Misericórdia devido às “tentativas de fragmentação, divisão” que enfrentam os povos porque vai “ajudar” a ter “horizontes abertos, um grande sinal um grande sinal que encoraja à esperança”.