O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu uma das 14 missas celebradas ao longo do dia. Este ano, São Judas Tadeu foi festejado no contexto do ano jubilar dos 25 anos de elevação da matriz paroquial à dignidade de santuário arquidiocesano.

APÓSTOLO E MÁRTIR

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que, nessa data, a Igreja Católica celebra a festa litúrgica de dois apóstolos: São Simão e São Judas Tadeu, primos de Jesus, testemunhas do Evangelho pela palavra e pelo sangue derramado.

“Nós somos os herdeiros da pregação e da fé dos apóstolos. A Igreja se edifica sobre a rocha inabalável que é Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem no seio da Virgem Maria”, afirmou o Arcebispo.

O Cardeal destacou, ainda, o texto da primeira leitura, na qual São Paulo escreve aos efésios: “Já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus”.

“A família de Deus é a comunidade de todos os discípulos de Jesus, todos os cristãos. Não somos estrangeiros na Igreja”, destacou Dom Odilo, acrescentando que é importante redescobrir o valor da vida em comunidade e a alegria da pertença à Igreja de Cristo.

“Hoje, também queremos pedir aos apóstolos que continuem a nos ensinar e que nós tenhamos a disposição de aprender deles… ouvir a Palavra de Deus, o Evangelho que eles nos transmitiram”, completou, alertando para o perigo de se ouvir vozes dissonantes da unidade da Igreja, que não estejam em comunhão com o Papa e os bispos, sucessores dos apóstolos, que têm a missão de confirmar os irmãos na fé em todo o mundo, contando com a colaboração dos sacerdotes a eles ligados. 

Por fim, Dom Odilo pediu a intercessão dos santos apóstolos e mártires para que os cristãos permaneçam fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo. 

BÊNÇÃO PAPAL

Na conclusão da celebração, por ocasião do ano jubilar, o Cardeal Scherer conferiu a Bênção Papal e a Indulgência Plenária concedida pela Santa Sé em todas as missas daquele data.

A indulgência plenária é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa que o fiel, devidamente disposto e em determinadas condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice, podendo ser aplicada à própria pessoa ou aos fiéis falecidos.

Após a missa, houve uma procissão com a imagem de São Judas pelas ruas do bairro.

DEVOÇÃO

Em entrevista ao O SÃO PAULO, o Padre Daniel Aparecido Campos, Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu, destacou que, após os três anos atípicos da pandemia de COVID-19, este ano a festa do padroeiro voltou à sua “normalidade”,  com a média de púbico girando em torno de 300 mil pessoas. 

“É uma graça especial e uma riqueza muito grande perceber que as pessoas estão voltando para manifestar a piedade e a devoção”, observou o Sacerdote. Ele destacou, ainda, que o ano jubilar tem dado uma oportunidade de não apenas reavivar a devoção ao padroeiro, como para conscientizar as pessoas para a vivência sacramental da fé, sobretudo a Eucaristia e a Reconciliação (Confissão).

“O Santuário é como um ‘pronto-socorro’”, comparou o Reitor, salientando os inúmeros fiéis que diariamente acorrem ao templo em busca do alimento da fé e da misericórdia de Deus.