Marcha pela Vida: a celebração e a defesa do dom mais precioso dado por Deus

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Iniciativa, realizada no domingo, 8, buscou conscientizar sobre o valor da vida humana desde a concepção até seu fim natural
Publicado em: 11/10/2023 - 15:15
Créditos: Redação

Em defesa das gestantes e dos nascituros, aconteceu no domingo, 8, Dia do Nascituro, a Marcha Pela Vida Brasil-SP, com o intuito de celebrar e preservar a vida, desde a concepção no ventre materno até seu fim natural.

A Marcha, que acontece desde 2018, é organizada por membros da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB (CRDV), da Comissão Arquidiocesana de Defesa da Vida (CADV), da Comissão Diocesana em Defesa da Vida de Osasco (CDDV), da Comunidade Famílias Novas do Imaculado Coração de Maria e da Comunidade Frater Kerigma.

A atividade foi iniciada com missa na Paróquia Imaculada Conceição, na Bela Vista, presidida por Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para Educação e Universidade.

Após a celebração, todos caminharam até o Monumento às Bandeiras, nas imediações do Parque do Ibirapuera, onde foi rezado o Terço, conduzido pelo movimento do Terço dos Homens. Ao longo do trajeto, os participantes rezaram, cantaram e clamaram em favor da vida e contra a legalização do aborto no País.

EM DEFESA DA VIDA DA MÃE E DA CRIANÇA

Na homilia, Dom Carlos Lema destacou a importância de defender a vida nascente: “Não podemos ceifar as vidas no ventre materno. Não podemos aceitar o aborto nem compactuar com a violência contra qualquer forma de vida”.

Ao recordar a parábola do bom samaritano, o Prelado lembrou “que todas as pessoas, de modo especial o cristão, devem acolher e testemunhar a vida desde sua concepção até seu fim natural. A família é um grande dom de Deus em nossa sociedade e na Igreja”.

“Precisamos falar e cuidar da vida nascente e da vida em todas as suas fases, principalmente, cuidar e valorizar a vida dentro de casa, construir um lar de amor, fraternidade e diálogo entre pais e filhos”, destacou o Bispo, reforçando: “É preciso promover a vida da mãe e da criança”.

NÃO AO ABORTO

Elaine Cancian, coordenadora da Marcha pela Vida em São Paulo, destacou que o objetivo do evento foi celebrar o dom da vida, que tem início na concepção, louvando a Deus e conscientizando as pessoas sobre a importância de dizer sempre sim à vida.

“Esse é o maior objetivo, e, junto a ele, vamos nos manifestar contra a ADPF 442, que foi colocada em votação recentemente no Supremo Tribunal Federal objetivando legalizar o assassinato no ventre materno e colocando em risco as duas vidas: a do bebê e a da mãe”, comentou.

A coordenadora da Marcha mencionou alguns dos riscos da ADPF 442: “Essa medida abriria brechas para futuramente vir a ser aprovado o aborto até o 9º mês de gestação, bem como da eugenia e da eutanásia. Estes são detalhes que podem até passar despercebidos neste momento, mas estamos atentos e conscientes das consequências”.

Elaine ressaltou que a Marcha pela Vida busca reunir as comissões Pró-Vida e as famílias para que reforcem o não ao aborto. “Pelas ruas da cidade, com nossa voz e com nosso testemunho, queremos alertar os jovens e adultos de que a vida, desde sua concepção, é dom e que ninguém tem o direito de tirar uma vida, pois o nascituro reflete o amor de Deus”.

UM COMPROMISSO CRISTÃO

O casal Ricardo Pupo Nogueira Simões e Aparecida Abreu Nogueira Simões coordena a Comissão Arquidiocesana de Defesa da Vida (CADV). Eles ressaltaram que a Marcha é uma forma de mostrar para a sociedade que toda forma de vida importa e que o aborto não pode ser legalizado.

“No Dia do Nascituro, vamos às ruas para celebrar o dom da vida, o mais precioso de todos; e para elucidar o não ao aborto, defendendo e zelando pela vida da mãe e do bebê, nova vida gerada para ser luz no mundo”, ressaltaram. “Dizer não ao aborto é um compromisso do cristão”, comentaram.

“Não podemos nos intimidar pelo poder da morte e por ideologias de exploração dos mais vulneráveis nem compactuar com a descriminalização do aborto no Brasil”, destacou Ricardo Simões.

Marcelo Sahade, 45, é coordenador do Terço dos Homens na Paróquia Nossa Senhora do Brasil. “Rezar o Terço na Marcha, evento que reúne milhares de pessoas, é significativo e profético”, destacou ao O SÃO PAULO, reforçando a importância da oração em família. “A oração é um dos pilares fundamentais no lar. A família que reza unida enfrenta os desafios e testemunha a fé e o valor da vida ao mundo”.

Como gesto concreto do evento, os participantes foram convidados a doar suas notas fiscais sem CPF para ajudar o Amparo Maternal. A entidade acolhe gestantes, mamães e bebês em situação de risco, e com tais notas, conseguirá arrecadar fundos para manter seus trabalhos.

NÃO PODEMOS RELATIVIZAR A VIDA

Luciana Giovanelli, 33, é mãe de cinco filhos e está no sexto mês de gestação do João Vicente. “Eu e meu esposo Edson estamos abertos à vida. Cada gestação é única, assim como cada um dos nossos filhos é único. Somos abençoados e, ao gerar uma nova vida, sentimos Deus agindo na nossa história. É um amor sem medidas”.

Patricia Aparecida Fornazari e Michael Aires Buenos são pais do Arthur, 5. Ainda na gestação, o casal teve o diagnóstico de que o filho nasceria com síndrome de Down. Patricia contou que médicos e familiares propuseram o aborto. “Nunca pensamos no aborto e sim na vida do nosso pequeno, nosso maior presente. Ele é a alegria da casa e a motivação de seguir em frente com fé e determinação”, afirmou o casal.

Fernanda Aparecida Gomes Zeferino, 22, sonha em ser mãe. Ela foi um dos rostos jovens na Marcha pela Vida. “Precisamos conscientizar os jovens sobre o sentido da vida nascente. Se nossos pais nos trouxeram à vida, por que hoje vou escolher a morte de um filho?”, indagou. “O aborto não é um direito; nascer e viver é!”, enfatizou.

O casal Giovana Costa da Rosa Corazza, 24, e Bruno Corazza, 34, vivem a alegria da vida nascente já no 7º mês de gestação. “Não podemos relativizar a vida. Precisamos mostrar ao mundo que a vida é fruto do amor e renova a esperança”, afirmou o casal, que anteriormente já conviveu com a tristeza de um aborto espontâneo.