“Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés e uma coroa – e uma coroa de doze estrelas na cabeça”.

Na liturgia do 3o domingo de agosto, a Igreja no Brasil festeja a assunção de Nossa Senhora ao Céu. Na Catedral da Sé, o canto de entrada da missa das 11h deste domingo, 20, aludiu a este mistério da fé e dogma da Igreja.

Foi também um dia especial para a Catedral Metropolitana de São Paulo que celebra sua padroeira, Nossa Senhora da Assunção, cuja imagem foi colocada à frente do presbitério.

A Eucaristia, transmitida pelas mídias sociais, pela rádio 9 de Julho e a Rede Vida de Televisão, foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, tendo entre os concelebrantes o Padre Luiz Eduardo Pinheiro Baronto, Cura da Catedral.

“O que nós celebramos hoje é um mistério da nossa fé, proclamado pela Igreja como verdade de fé e aceita por todos os seus membros. E a verdade proclamada é esta: que Maria, após a sua morte para este mundo, foi elevada ao céu em corpo e alma, diversamente de todos nós, que ao morrermos voltamos ao pó da terra à espera do último dia, o dia da ressurreição da carne. Em Maria, a ressurreição e a participação na glória de Deus já se realizou após a sua morte”, explicou o Arcebispo Metropolitano no início da homilia.

ESPERANÇA E CONSOLAÇÃO

Dom Odilo lembrou que a assunção da Virgem Maria é sinal de grande esperança e alegria à humanidade na luta contra o dragão – a força do mal – que sempre tenta atacar a Igreja e seus filhos, mas que não tem a palavra final.

“Maria elevada ao céu é sinal de segura esperança e de consolação para nós que ainda estamos em caminho, pois somos membros do corpo de Cristo e chamados a participar também um dia da ressurreição da carne”, enfatizou o Arcebispo, lembrando que aquilo que Deus nela realizou o fará a todos que como Maria forem fiéis ao Senhor.

Dom Odilo lembrou, ainda, que a assunção de Nossa Senhora é sinal de consolo a todos que lutam nesta vida para se manter fiéis a Deus e para não se desviar no caminho da fé. “Também nós temos de lutar contra o dragão que se mostra de tantas formas em nossa vida nos tempos atuais. E Maria é sinal de consolo para os que cansam, os que sofrem, os que lutam. Ela é a certeza da vitória se ficarmos do lado de Deus”, enfatizou.

O Arcebispo Metropolitano apontou também que a assunção de Maria permite compreender o sonho de Deus para a humanidade: Ele não criou o ser humano para o nada, mas, sim, para que alcance a realização plena da existência, e sempre chama o ser humano à esperança. “É um grande sinal do cristão ter esperança, ele não pode desanimar, se desesperar ou se resignar diante do mal”, prosseguiu.

MÃE INTERCESSORA

Dom Odilo também lembrou que Nossa Senhora assunta ao céu “não está de braços cruzados”, já que como mãe olha para toda a humanidade e intercede junto a Deus por aqueles que, com confiança, a ela recorrem.

Por fim, o Arcebispo Metropolitano pediu a Nossa Senhora que interceda pela Arquidiocese – para que bem realize sua missão evangelizadora cidade, sendo sinal de esperança pela fé praticada e testemunhada –; e pelos religiosos consagrados, pelos quais a Igreja no Brasil reza de modo especial neste 3o domingo de agosto, o mês das vocações – para que sejam na Igreja e no mundo, por sua própria vocação, “este grande sinal do sonho de Deus que não se reduz a realizações neste mundo, mas que já têm o olhar desde agora voltados para as realidades celestes”.

Ao final da missa, o Padre Baronto agradeceu a todos que colaboraram para a festa da padroeira da Catedral, iniciada com um tríduo entre os dias 17 e 19, e concluída com as três missas deste domingo, 20. O Cura também expressou gratidão aos que dão vivacidade à Catedral Metropolitana, como os membros das diversas pastorais e movimentos, os dizimistas e padres que atendem confissões.

Após a bênção final, foi entoada a Salva Rainha e rezada a Ave Maria.