Missa solene marca os 63 anos de dedicação da Catedral da sé

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Cardeal Scherer presidiu a celebração eucarística na terça-feira, 5, na igreja-mãe da Arquidiocese de São Paulo
Publicado em: 06/09/2017 - 13:00
Créditos: Redação

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

 

Por ocasião da solenidade litúrgica dos 63 anos da dedicação da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, a Catedral da Sé, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu missa na Igreja-Mãe da Arquidiocese, na terça-feira, 5, às 12h, tendo entre os concelebrantes o Padre Luiz Eduardo Baronto, Cura da Catedral da Sé.

Dom Odilo, na homilia, afirmou ser aquele dia muito importante para a Arquidiocese de São Paulo, em especial para a Catedral da Sé. “Após ter sido construída, foi dedicada, consagrada, ao ponto de ser lugar de Deus no meio de nós, ser também lugar da família de Deus na comunidade da Igreja. A Catedral é a Igreja-Mãe, a partir da qual se irradia para toda a Arquidiocese a ação da Igreja, a evangelização, mas também a ação sacramental, a ação da caridade”, afirmou.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que Cristo é a rocha inabalável que sustenta a Igreja e todos os fiéis são as pedras vivas que fazem parte da edificação do templo de Deus. “Nossas igrejas são imagens, sinal verdadeiro do Templo, daquele que habita o Templo, que é Deus, que é Jesus Cristo Salvador. É a quem nós procuramos quando entramos na igreja e entramos no templo”, comentou o Arcebispo. 

Dom Odilo afirmou, também, que as igrejas devem ajudar a todos a perceberem que Deus habita a cidade de São Paulo. “Por isso, o aniversário de dedicação da Catedral, como também das outras igrejas, sempre nos recorda essa verdade: nós devemos ser sinal de Deus no meio da cidade. Devemos ser de maneira eloquente. Deus é bonito, Deus é bom, Deus é amor, Deus traz o que é bom para a humanidade, para a cidade. Nós devemos ter Deus como referência para os nossos momentos de dor, de busca, e Deus também deve ser reconhecido como referência para os momentos da misericórdia, do perdão, da reconciliação e da caridade”, disse.

 

História

A Catedral da Sé foi inaugurada em 25 de janeiro de 1954, no dia da comemoração do IV centenário de fundação da cidade de São Paulo, e solenemente dedicada em 5 de setembro daquele ano, durante o I Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado na Capital Paulista e em Aparecida (SP). A dedicação foi feita pelo Cardeal Adeodato Givanni Piazza, enviado pontifício para o Congresso da Padroeira.

A construção do templo, porém, começou bem antes. Em 1912, a pedra fundamental da Catedral da Sé foi colocada por Dom Duarte Leopoldo e Silva, então Arcebispo Metropolitano. A inauguração deveria acontecer em 1922, mas a falta de verbas e a as duas guerras mundiais dificultaram as importações dos materiais de construção.

A Catedral da Sé tem 111 metros de comprimento, 46 metros de largura e 65 metros de altura (com exceção das torres). O estilo neogótico do templo é considerado peculiar, devido ao ecletismo de seus estilos arquitetônicos. Nas colunas alçadas a 70 metros de altura, encontram-se elementos típicos da fauna e da flora de brasileiras, como ramos de café, o tamanduá-bandeira, o tatu- bola e a coruja, que contrastam com grandes personagens do século XX, da história da Catedral e da história universal.

(Colaborou: Júlia Cabral)