Padres e diáconos da Arquidiocese partem em missão ao Norte e Nordeste

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No início desta semana, dois jovens padres e quatro diáconos seminaristas da Arquidiocese de São Paulo partiram para uma experiência missionária nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Publicado em: 05/07/2023 - 14:30
Créditos: Redação

No início desta semana, dois jovens padres e quatro diáconos seminaristas da Arquidiocese de São Paulo partiram para uma experiência missionária nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Ordenados sacerdotes em janeiro, os Padres João Henrique Funari Fouto e Pedro Paulo Pereira Funari foram enviados para a Diocese de Castanhal (PA), onde permanecerão por um mês trabalhando pastoralmente em paróquias e comunidades.

Já os diáconos seminaristas Alysson Antunes Carvalho e Yago Barbosa Ferreira chegaram na segunda-feira, 3, à Diocese de Bom Jesus do Gurgueia (PI), onde ficarão dois meses; enquanto os diáconos seminaristas Rômulo Freire Barroso e Miguel Lisboa Aguiar Marcondes seguiram para a Diocese de Marabá (PA), onde também ficarão por dois meses.

“Cada padre também é um missionário”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, na missa na qual ele fez a bênção de envio dos seminaristas e diáconos, no domingo, 2, na Catedral da Sé.

O Arcebispo de São Paulo explicou que a ação missionária pode ser ad gentes, isto é, além fronteira, ou ad intra, nas realidades locais. Nesse sentido, cada paróquia é um espaço missionário, assim como cada realidade da cidade é um campo de missão em que o sacerdote é chamado a anunciar e testemunhar o Evangelho, santificar e pastorear o povo de Deus.

Ao mesmo tempo, todo sacerdote, ainda que não seja membro de um instituto missionário, precisa estar pronto e preparado para ser enviado aonde for preciso, sobretudo para atender os lugares que sofrem com a falta de sacerdotes e, consequentemente, dos sacramentos.

DIOCESE DE CASTANHAL

A Diocese de Castanhal pertence à Província Eclesiástica de Belém do Pará. Criada por São João Paulo II em 29 de dezembro de 2004, essa Diocese teve seu território desmembrado da Arquidiocese de Belém (PA) e da Diocese de Bragança do Pará. Sua área de 14.338 km2 é dividida em 36 paróquias, cada uma com diversas comunidades. O Bispo é Dom Carlos Verzeletti.

De acordo com dados estatísticos recentes do Anuário Pontifício, a Diocese abrange uma população de 8,2 mil habitantes, dos quais 81,3% são católicos. Essa Igreja particular possui 53 padres, sendo 38 diocesanos e 15 de congregações religiosas. Há, ainda, 106 diáconos permanentes, 15 religiosos não ordenados e 88 religiosas consagradas.

Nessa Diocese, os Padres João e Pedro irão celebrar missas nas comunidades, atender os fiéis em Confissão, celebrar batismos, assistir matrimônios, visitar os doentes e ministrar-lhes a Unção dos Enfermos, além de promover encontros de formação catequética, orientação espiritual, entre outras atividades.

“Estou bem animado. Sinto no coração que viver o início do sacerdócio em terras distantes, desconhecidas, é uma oportunidade para se entregar completamente ao ministério sacerdotal… Sou padre dessa enorme São Paulo, onde há um pouco de todo o Brasil. Por isso, poder conhecer mais desse País me ajuda a amá-lo mais”, afirmou ao O SÃO PAULO o Padre João, que após a ordenação, está cursando o mestrado em Filosofia, em Roma.

Para o Padre Pedro, que cursa o mestrado em Teologia Espiritual, também em Roma, a experiência missionária em outra diocese é um sinal da unidade da Igreja e um testemunho de comunhão entre as igrejas que se ajudam mutuamente na missão. “Espero conhecer um pouco mais da vida católica no Pará, a riqueza da piedade popular. Isso enriquece o ministério sacerdotal”, completou.

DIOCESE DE MARABÁ

A Diocese de Marabá pertence à Província Eclesiástica de Belém do Pará. Sua história tem origem na Prelazia de Santíssima Conceição do Araguaia, criada em 1911, desmembrada da Arquidiocese de Belém do Pará. Em 1969, sua sede foi transferida para a cidade de Marabá, passando a denominar-se Prelazia de Marabá. Em 16 de outubro de 1979, a Prelazia de Marabá foi elevada a Diocese por São João Paulo II.

Essa Diocese abrange uma superfície de 64.452 km2, dividida em 28 paróquias, com várias comunidades. A população, segundo o Anuário Pontifício de 2021, é de aproximadamente 840 mil habitantes, sendo 48% deles católicos. Lá atuam 42 padres (31 diocesanos e 11 religiosos), dois diáconos permanentes, 19 religiosos não ordenados e 37 religiosas consagradas. Desde 2012, o Bispo é Dom Vital Corbellini.

Os diáconos seminaristas Rômulo e Miguel colaborarão em paróquias, na celebração da Palavra, do sacramento do Batismo, assistindo matrimônios, visitando os doentes e promovendo formações catequéticas aos leigos e às lideranças eclesiais.

“É uma alegria poder ser enviado pela Igreja nessa missão. Vou com o coração aberto não só para dar, mas, sobretudo, para receber e aprender com o povo de Deus que nos forma e nos ilumina”, manifestou o diácono seminarista Rômulo.

“A missão é, antes de tudo, testemunhar o Evangelho com a vida. Para isso, desejo conhecer a realidade, conviver com as pessoas. Essa experiência certamente enriquecerá muito meu ministério”, completou o diácono seminarista Miguel.

DIOCESE DE BOM JESUS DO GURGUEIA

A Diocese do Bom Jesus do Gurgueia pertence à Província Eclesiástica de Teresina (PI). Sua história começou em 18 de junho de 1920, quando o Papa Bento XV criou a prelazia antes com o título de Bom Jesus do Piauí, desmembrada da então Diocese de Piauí. Em 3 de outubro de 1981, São João Paulo II elevou a prelazia à dignidade de diocese. Atualmente, seu Bispo é Dom Marcos Antônio Tavoni.

Abrange uma área de 51.543 km2, dividida em 24 paróquias com diversas comunidades. A circunscrição tem uma população de 186 mil habitantes, sendo 79,4% católicos. Ao todo, há 38 padres (34 diocesanos e quatro religiosos). Os dados referentes a 2021 indicam um diácono permanente, quatro religiosos não ordenados e quatro religiosas consagradas.

“Minha primeira expectativa é a de poder conhecer a Igreja em Bom Jesus do Gurgueia, sua história, cultura, a experiência de fé para, assim, poder viver e servir ao povo de Deus lá presente”, afirmou o diácono seminarista Yago.

“Que a missão seja um período de renovação do zelo missionário e, também, uma oportunidade de aprofundar minha preparação para o sacerdócio nessa dimensão tão importante para a vida da Igreja”, acrescentou o diácono seminarista Alysson.