No nono consistório de seu pontificado, o Papa Francisco criará 21 cardeais para a Igreja, em 30 de setembro. O anúncio foi feito pelo Santo Padre no domingo, 9, após a oração do Angelus.
Dos 21 novos cardeais, 18 têm menos de 80 anos e, assim, serão eleitores em um eventual conclave. Ao todo, o colégio cardinalício passará a contar com 137 cardeais eleitores.
“Rezemos pelos novos cardeais, para que, confirmando a sua adesão a Cristo, Sumo Sacerdote misericordioso e fiel (cf. Hb 2,17), me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o Santo Povo fiel de Deus”, exortou o Papa.
Entre os novos cardeais, três são prefeitos de organismos da Cúria Romana: o norte-americano Dom Robert Francis Prevost, OSA (Discastério para os Bispos); o italiano Dom Claudio Gugerotti (Dicastério para as Igrejas Orientais); e o argentino Dom Víctor Manuel Fernández (Discatério para a Doutrina da Fé).
EUROPEUS
Do continente europeu, serão feitos cardeais o suíço Dom Emil Paul Tscherrig (Núncio Apostólico na Itália e San Marino); o francês Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre (Núncio Apostólico nos Estados Unidos); o polonês Dom Grzegorz Ryś, Arcebispo de Lodz; os espanhóis Dom José Cobo Cano, Arcebispo de Madri; Dom François-Xavier Bustillo, OFM. Conv., Bispo de Ajaccio (França); e o Padre Ángel Fernández Artime, SDB, Reitor-Mor dos Salesianos.
Dois nomes da lista chamaram a atenção: o do italiano Dom Pierbattista Pizzaballa, OFM, Patriarca Latino de Jerusalém, que disse que sua escolha é “um sinal de atenção da Igreja de Roma para com a Igreja-mãe, a Igreja de Jerusalém”; e o português Dom Américo Manuel Alves Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, que avaliou que com seu cardinalato “o Papa quis, desse modo, homenagear os jovens, valorizá-los e fazer o que nos diz para fazer: dar aos jovens a possibilidade de serem protagonistas da história, da sua vida”.
ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA LATINA
Outros futuros membros do colégio cardinalício provêm das “periferias geo- gráficas” ou “Igrejas de fronteira”, termos recorrentemente usados pelo Papa.
Do continente africano serão feitos cardeais o sul-africano Dom Stephen Brislin, Arcebispo da Cidade do Cabo; o sul-sudanês Dom Stephen Ameyu Martin Mulla, Arcebispo de Juba; e o tanzaniano Dom Protase Rugambwa, Arcebispo coadjutor de Tabora.
Da América do Sul, serão feitos cardeais o argentino Dom Ángel Sixto Rossi, SJ, Arcebispo de Córdoba; e o colombiano Dom Luis José Rueda Aparício, Arcebispo de Bogotá. Já os nomes do continente asiático são o malaio Dom Sebastian Francis, Bispo de Penang; e o chinês Dom Stephen Chow Sau-Yan, SJ, Bispo de Hong Kong.
NÃO ELEITORES
Também se unirão ao colégio cardinalício dois bispos com mais de 80 anos e um religioso argentino de 96 anos de idade. São eles: o italiano Dom Agostino Marchetto, 82 (Secretário Emérito do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes), o venezuelano Dom Diego Rafael Padrón Sánchez, 84 (Arcebispo Emérito de Cumaná) e o padre argentino Luis Pascual Dri, OFMCap., Confessor no Santuário de Nossa Senhora de Pompeia, em Buenos Aires.
Saiba mais sobre o que é um consistório na seção “Conheça a Igreja Católica” no site do O SÃO PAULO: https://curtlink.com/LdKy7Xh.