Missa inculturada celebra história do povo negro

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A missa da Consciência Negra fez memória de Zumbi dos Palmares, líder quilombola martirizado em defesa da liberdade do povo negro
Publicado em: 23/11/2015 - 16:00
Créditos: Carlos Alberto Ribeiro

“Estar presidindo esta missa inculturada pra mim é uma alegria muito grande, porque é a gente voltar em nossa história e viver o que os negros viveram em algumas cidades do Brasil”, expressou Pe. Gilberto Orácio, durante homilia da missa da Consciência Negra do Setor Sapopemba, na comunidade Imaculada Conceição da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, no domingo dia 15 de novembro.

A missa da Consciência Negra fez memória de Zumbi dos Palmares, líder quilombola martirizado em defesa da liberdade do povo negro. Os santos negros como são Benedito, santa Bakhita, beato Pe. Victor, santo Antonio de Categeró, entre outros, foram lembrados.

“Hoje, celebrando esta missa inculturada, nós celebramos as congadas, nós lembramos as irmandades, a presença do povo negro da Igreja Católica”.

Como de costume, a missa, organizada pela Pastoral Afro-brasileira, foi inculturada, com elementos da cultura afro-brasileira em memória da história e cultura do povo negro. A inculturação estava presente no uso das cores, no atabaque, no gingado, na memória dos antepassados, na comida partilhada ao fim da missa.

A mortandade da Juventude negra também foi lembrada. “A juventude negra é a mais sofrida, o jovem negro é o mais assassinado”, disse Pe. Gilberto. “Quando a gente celebra essa missa inculturada, a gente não quer exclusão e sim inclusão”, manifestou.

Ao fim da missa, Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi venerada com cantos da cultura afro-brasileira. “A mãe de Deus apareceu negra, em um momento em que o negro foi mais discriminado, mais excluído”, disse Pe. Gilberto, fazendo memória da aparição Mariana no Brasil, durante o período de tráfico negreiro e grande escravidão.

Missa inculturada celebra história do povo negro