Reflexão do Cônego Celso Pedro

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11/05/2015 - 00:30

Não somos seres extraterrestres. Estamos no mundo e participamos das alegrias e das tristeza próprias do ser humano. Sabemos da nossa limitação e que o Maligno ruge em torno de nós como um leão, procurando a quem devorar. Nossa força está na oração de Jesus: “Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno”, que divide e joga com a mentira, enquanto a nós a dada a Palavra da verdade. Somos consagrados na verdade. Em sua paixão, morte e ressurreição Jesus nos resgatou do poder do Maligno e nos deu o Espírito Santo. Se ninguém jamais viu a Deus, o Filho nos deu a possibilidade de mostrar, na prática do amor, que Deus está em nós e no meio de nós, por ser ele o próprio Amor. Tiraram as sortes e escolheram Matias para ocupar o lugar de Judas. Com Matias estava o justo José Barsabas. Na casa do romano Cornélio, o Espírito Santo derrama a alegria aceitando pagãos na herança de Israel. Homens e mulheres, limitados pela natureza e expostos às ciladas do Maligno, abrem-se à graça de Deus e decidem fazer a experiência dolorosa do amor. O amor é possível, dirão ao mundo os cristãos, não porque o praticam com perfeição, mas exatamente porque nem sempre conseguem praticá-lo, e não desistem. Perseveram, perdoam e recomeçam. Vivem a experiência alegre e dolorosa das possibilidades do amor, e não desistem, porque sabem que o amor vem de Deus e termina em Deus. Formam ilhas de misericórdia num mar de indiferença. Nada fácil. Muito esforço se requer para que os confins do universo possam contemplar a salvação do nosso Deus. O amor de Deus é nossa força e o estímulo dos irmãos e das irmãs vem em nosso socorro. Jesus vai partir e nos deixa no mundo para que o mundo saiba que ele andou por aqui. Anunciaremos aos ouvidos e aos olhos para que o vejam em nós.