Sagrada Família - Cônego Celso Pedro

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27/12/2015 - 00:15

Eclo 3,2-6.12-14 (1Sm 1,20-22.24-28); Sl 128 (83/84); Cl 3,12-21 (1Jo 3,1-2.21-24); Lc 2,41-52

O evangelista relata um acontecimento vivido por uma família normal, na qual há um pai, uma mãe e um filho que dá trabalho e preocupação. O menino se perdeu, os pais o procuram angustiados. Depois ele vai crescendo e é obediente a seus pais. Lembramos também da bela história de Ana, mãe de Samuel, que ela concebeu em meio às lágrimas. Ana não tinha filhos. Rezou angustiada e Deus lhe deu Samuel que ela consagrou ao Senhor. Nós pertencemos à família de Deus e fazemos parte de uma Igreja doméstica. A sabedoria do Livro do Eclesiástico sabe que temos dificuldades em nossos relacionamentos humanos, por isso nos estimula a honrar o pai e respeitar a mãe. Quem honra o pai tem o perdão de seus pecados, evita cometê-los e é atendido em suas orações. Quem respeita sua mãe, é como quem ajunta tesouros. Quem honra o pai terá alegria com seus próprios filhos, terá vida longa e se torna o consolo de sua mãe. Não cause desgosto a seus pais enquanto eles vivem. Seja compreensivo com eles quando envelhecem. Todo o bem que você fizer a seus pais será levado em conta por Deus.

Paulo tem recomendações muito práticas. Ele nos sugere cultivar as virtudes da misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, suportar e perdoar uns aos outros. Se tais virtudes existirem numa família, com certeza será uma família feliz. Sobretudo, diz o Apóstolo, “amem-se uns aos outros porque o amor é o vínculo da perfeição”. Esposas atenciosas para com os maridos. Maridos que não são grosseiros, mas mostram amor para com as esposas. Filhos que obedecem aos pais. Pais que não assustam os filhos e não os fazem desanimar. Nada fácil, tudo bonito e tudo possível se a família for vista como uma vocação a ser realizada e com uma missão a ser desenvolvida no mundo.