Dom Odilo fala ao Clero da Região sobre o Ano Santo da Misericórdia

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O Clero da Região Ipiranga reuniu-se no dia 11 de agosto. Dom José Roberto abriu o encontro acolhendo Dom Odilo, que logo definiu a sua vinda afirmando “Vim para estar com os padres"
Publicado em: 17/08/2015 - 07:00
Créditos: Padre Ricardo Antônio Pinto.

O Clero da Região Episcopal Ipiranga esteve reunido no dia onze de agosto. Dom José Roberto Fortes Palau abriu o encontro acolhendo Dom Odilo Scherer, que logo definiu a sua vinda afirmando “Vim para estar com os padres”. O Concílio Vaticano I, de fato, propõe que “as relações entre o Bispo e os sacerdotes diocesanos devem sobretudo apoiar-se nos vínculos de caridade sobrenatural” e que estes devem “ chamar os sacerdotes a um diálogo, mesmo comum, principalmente sobre assuntos pastorais”, propõe o Decreto Christus Dominus, no número 1089.

Desta vez Dom Odilo falou sobre o Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco através da através da Bula Misericordiae Vultus. Iniciou apresentando alguns motivos que levaram o Papa Francisco a proclamar o Jubileu Extraordinário. A experiência pessoal do amor de Deus durante a juventude, o lema episcopal tirado de São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o” e a conexão do seu nome papal com a experiência de São Francisco de Assis quando compreendeu ter em Deus o verdadeiro Pai, são alguns desses motivos. A centralidade da proposta do Ano Santo da Misericórdia está, sobretudo, em Jesus que veio para os “descartados” do mundo que necessitam da misericórdia, definiu.

Voltar motivação primeira do Concílio Vaticano II também é um dos objetivos do Jubileu. As palavras que São João XXIII pronunciou na abertura do Concílio ajuda a entender o porquê: “Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade”. Nesse sentido, Dom Odilo sinalizou que “A Igreja não deseja autodefender-se, condenar, julgar a humanidade, mas abrir os tesouros da misericórdia”. Na explicação de Dom Odilo, acolher, exercer e praticar a misericórdia também são apontados como caminhos para a Igreja testemunhar a misericórdia. Acolher e evangelizar para que mundo conheça o rosto misericordioso do Deus revelado em Jesus Cristo. Ir ao encontro dos estão “feridos” na humanidade é a atitude central da Igreja. Praticar as “obras de misericórdia” como exercício sistemático para as comunidades eclesiais assumirem no Ano Santo, irão ajudar a sociedade a se reorganizar a partir da ótica da misericórdia com os pobres, os excluídos e, especialmente as famílias.

Em clima fraterno, Dom Odilo convidou os padres a assumirem com entusiasmo a celebração desse Ano Santo.