Museu Arquidiocesano de Arte Sacra é reaberto em Campinas

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O Museu Arquidiocesano de Arte Sacra (MAAS-Campinas), reabre suas portas.
Publicado em: 05/04/2016 - 15:00
Créditos: Redação, com Regional sul 1

O antigo Palácio do Bispo ganhou movimento novamente, agora como sede do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra (MAAS-Campinas). Em 08 de dezembro passado, quem chegava, por um momento, pode ter acreditado que as penas delicadas das asas dos anjos foram sacudidas pelo vento. Já no entorno no prédio, no jardim, as estátuas tumulares que retratam os pequenos mensageiros divinos, vindas do antigo cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento, cumprimentam os visitantes.

Mais de 50 anos atrás, em 1964, Dom Paulo de Tarso Campos, terceiro Bispo e primeiro Arcebispo de Campinas, criava o Museu de Arte Sacra, o primeiro a ser fundado no Estado de São Paulo. Era preocupação de então, manifestada pelas lideranças da Igreja Católica no Brasil e pela Santa Sé, que se evitasse a dilapidação do patrimônio histórico-artístico. Dom Paulo viu na criação do Museu a possibilidade de garantir a preservação da riqueza cultural da Igreja local e, por sua iniciativa, reuniu-se o primeiro conjunto de peças para constituir o acervo, doadas pelas paróquias e até mesmo oriundas da coleção particular do Arcebispo.

Desde então, o acervo e o Museu ocuparam diferentes endereços, muitas vezes fechados à visitação. Inicialmente localizado à Avenida Aquidabã, teve sua coleção abrigada no Cambuí e, antes de fixar residência no Palácio do Bispo, o MAAS ocupou o consistório superior da Catedral Metropolitana de Campinas.

Erigido na década de 50 para ser a residência oficial dos bispos de Campinas, o Palácio Episcopal é um prédio carregado de história, sábio com a força do tempo, assim como a das obras que abriga atualmente, em seus 1.600 metros quadrados de construção. Patrimônio histórico da cidade, lá viveram os arcebispos Dom Paulo de Tarso Campos e Dom Antônio Maria Alves de Siqueira até a década de 70.

O MAAS-Campinas é formado por salas temáticas, que oferecem um passeio pela história, arte e religiosidade contados pelo seu acervo. O trajeto começa em Campinas e interior de São Paulo no período Colônia, passando ao Império e à República para, finalmente, estabelecer uma ligação atual com a arte de Campinas Metrópole.

Em sua reabertura, o Museu dá seus primeiros passos em direção à acessibilidade: todas as peças receberam placa de identificação em braile, para que as pessoas com deficiência visual possam desfrutar do passeio. A ideia é que, num futuro breve, passe a contar com equipamentos audio­descritivos para os usuários. É possível visitá-lo de segunda a sexta-feira e, em breve, abrirá também aos sábados.

A entrada custa R$10,00 reais inteiros e R$5,00 meia entrada. Estudantes pagam meia e pessoas com deficiência, idosos, professores e padres não pagam.