Uma das propostas de renovação das Paróquias diz respeito ao fortalecimento do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), o qual deve se reorganizar a partir do novo modelo de pastoral da Arquidiocese de São Paulo.

Esta nova organização pastoral rearticula as pastorais e os serviços de animação e coordenação. A partir desta proposta, o Conselho de Pastoral Arquidiocesano (CAP) e o Conselho Regional de Pastoral já foram reformulados. O funcionamento desses Conselhos foi regulamentado, visando uma melhor atuação de pastoral de conjunto para a Arquidiocese. 

O modelo anterior articulava as pastorais em torno das 4 dimensões da evangelização e da missão da Igreja: anúncio, diálogo, serviço e testemunho de comunhão. Como as dimensões devem estar presentes em todas as pastorais, não era fácil compor uma organização que articulava as pastorais por dimensões. 

O novo modelo, de modo semelhante à organização da CNBB, articula as pastorais por setores. Temos assim Coordenações Arquidiocesanas e Regionais de Setores de Pastoral que terão a tarefa de acompanhar as iniciativas e organizações pastorais. A partir deste ano de 2011, portanto, o novo Conselho Regional de Pastoral (CRP) já funcionará dentro deste modelo que contempla os seguintes Setores de Pastoral: 1) Ministérios ordenados; 2) Vida Consagrada; 3) Laicato; 4) CEBs e Grupos de Reflexão ou de Famílias; 5) Associações, Movimentos e Novas Comunidades; 6) Animação missionária; 7) Animação bíblico-catequética; 8 ) Liturgia; 9) Serviço da caridade, da justiça e da paz; 10) Vida e família; 11) Aprofundamento da fé; 12) Ecumenismo e diálogo inter-religioso; 13) Juventude; 14) Educação e Ensino Religioso; 15) Mundo da Cultura e da Política;  16) Mundo do trabalho; 17) Comunicação; 18) Universidade; 19) Saúde. 

As Paróquias também deverão reformular a composição e o funcionamento do Conselho de Pastoral (CPP) de acordo com este novo modelo, reconhecendo-se, evidentemente, que nem todas as Paróquias comportam em sua realidade todas estas Coordenações.

Ao realizar a reorganização pastoral, a paróquia terá em vista a realização da missão da Igreja, pois é em função dela que existe a organização. Todas as pastorais, movimentos, associações e grupos deverão ser estimulados a realizarem esta missão comum, a partir da própria realidade e âmbito de atuação. O 10º. Plano de Pastoral é referência básica para a comunhão de todos nesta missão comum.

“O Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), presidido pelo pároco, planeja, lidera, coordena e avalia a ação missionária da comunidade. Deve ser o centro de comunhão e participação de toda a vida paroquial. Entre as funções do CPP, destacam-se: promover a formação espiritual, doutrinal, bíblica, missionária e humana dos fiéis; planejar a ação missionária da comunidade a fim de que todos os espaços paroquiais sejam atingidos pela Palavra de Deus; coordenar e avaliar as atividades  de acordo com as orientações do Plano de Pastoral da Arquidiocese; garantir a articulação da paróquia com o Setor, a Região e a Arquidiocese. O CPP deve ser orientado por um regulamento (funções; tempo de permanência dos membros, periodicidade das reuniões) que garanta a representação das forças evangelizadoras da paróquia e comunidade, como também a renovação dos seus membros, garantindo assim processos democráticos de participação e comunhão” (Cf. 10º. Plano de Pastoral, p. 95).

O funcionamento do CPP como estrutura de animação e de articulação supõe a realização de reuniões periódicas, bem preparadas e objetivas. Cada reunião deve concentrar-se sobre um tema, evitando uma pauta muito extensa que não permita o aprofundamento das questões. Naturalmente, a reunião será sempre uma oportunidade de escuta da Palavra, em clima de oração.

Dom Tarcísio Scaramussa, SDB
Bispo Auxiliar de São Paulo
e Vigário Episcopal da Região Sé